A avó e a menina estavam na sala de espera.
A avó um pouco apreensiva, cabelo um tanto ralo.
De repente, a menina estava só.
Toda de Rosa. Com uma fita enorme no cabelo da mesm cor.
Extremamente comportada.
Total e cuidadosamente arrumada.
Tudo parecia banal a não ser o fato de que aquela
não era a sala de espera de um salão de beleza, de uma escola, da entrada para um parquinho.
Era dia de quimioterapia na clínica.
Será que a avó foi fazer quimio e não tinha com quem deixar a menina?
Ou descobriu aflita que tinha algo mais no seu corpo?
Teria ido para qual lugar aquela preciosa avó?
Enquanto isso, a menina esperava...
Sem saber detalhes e complicações
Esperava.... A volta do abraço, do aconchego, da sua proteção, do seu anjo na terra.
Anjos às vezes quebram as asas.
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