segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Desejos de ano novo






O que eu desejo para o ano que vem?

Desejo vestes alvas
Tão brancas
Tão alvas
Que a pureza
Esteja estampada
Nos olhos de quem vê
Desejo paz
Tanta paz
Que um clarão se faça
E nos corações das pessoas
Haja simplesmente amor

domingo, 30 de dezembro de 2007

Passa-Passa

Em, 19.12.07


Passa o dia
Passa o tempo
Só não passa você
Dentro do meu peito
Saudade arde e machuca
Passa tudo, passo eu, passa você?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Agradecimentos

O ano de 2007 vai se despedindo quer a gente tenha se dado conta ou não e é hora dos agradecimentos.
Agradecer a Deus pelo dom da vida, à família (Gabi, Lauro, Esmeralda, Lauro Haber, Jessica) amigos reais (Chris, Samir, Kellen,Lorena, Brendinha, Kaká, Bibi, etc) e virtuais (Oliver, Osc@r, Erika Murari, Patrícia Gabriela de quem ganhei até estrela), ao muso inspirador, a tantas pessoas que vieram aqui e neste blog que ficava quietinho e secreto começaram a postar e a divulgar.
Em outubro lancei esse site na net na tentativa de não ser surpreendida por qualquer pane no computador que levasse meus escritos de repente. Eu sei, sei, tenho que ter por hábito fazer backup.
E também para telepaticamente enviar minhas poesias ao meu muso inspirador, em um terno monólogo quase mudo, já que até então o dito cujo não tinha idéia de seu poder, risos. Será que já tem? Ainda tem? Somente 2008 para dizer.
O fato é que o site foi descoberto e tenho recebido visitas sempre muito carinhosas, o que somente tenho que agradecer.

Meus especiais agradecimentos, também, àqueles que além de me lerem ainda linkaram o site em seus próprios blogs:

Blogdopedronelito
que foi quem primeiro me divulgou!


Luciane Fiuza de Mello

Ana Fernandes que me linkou em sua lista também pensam

Srta Desatino - Patrícia Gabriela


Heliarly que me colocou em primeiro lugar no seu topblogs

Ao poeta de rua que me linkou também em outro blog

Estrelando Sonetos

Renatinha que me listou nos blogs que lê.

Ao poeta morto!

Papaleguas.


Que venha 2008 e que ele tenha gosto de sonhos com beijos para todos!!!


P.s: O site está branco para comemorar o ano novooooooo.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Distorção do azulejo



Em, 15.01.92

Praia
correria
Nuvens na minha mente
Luz estroboscópica
Camisola de seda preta
Chuva
Sol
Lagoa
Peixes beliscando a água
Vento nos cabelos
Botas na lama
Guarda-chuva na cabeça
Paixão
Amor
Frescor do seu corpo
Suor
Brigas
Consagração
Rotina de amar o azulejo fazendo-o de portal da imaginação
O vapor começa a inundar o banheiro
Preciso lembrar que sou um bicho caseiro
Onde estará a minha tigela de leite?
Preciso dormir
Me conformar
Amo o azulejo como se fosse a vida lá fora
Amo o concreto como se ele pudesse me transportar a outra [dimensão
Sou um ser que convivo com a ilusão.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mensageira do Natal




Em 26.11.96

Vem
Vem, pequenina estrelinha
Vem
Vem iluminar minha noitinha
Vem trazer a alegria
do seu carinhoso cintilar
Vem
Vem pousar ao lado meu
E lembrar para mim
[do que sou eu
de amor e paz

Vem
Vem lembrar o que faz

Anunciar o natal
Que tarefa mais bela!

Mensageira de luz
De esperança e de amor

domingo, 23 de dezembro de 2007

Meu beijo



Perguntaram como era a delícia de provar um beijo meu
Respondi como era de se esperar
Um beijo é algo que se sente
No encontro de dois lábios ardentes
Cheios de desejo
Dominados pela vontade

Um beijo meu
É algo único
Não falo por vaidade
É a minha impressão digital

Depende também
Do estado de espírito?
Da conjunção de saturno?
Ora calmo
Ora veloz
Nunca insípido

O gosto do meu beijo
É a ternura rítmica
A sedução medida
estudada
e finalmente
descontrolada

É profusão de sensações
Ausência de chão
Esquecer do tempo
Desejar mais que o beijo
E nunca querer que ele acabe

É gosto de adolescência
Riso de criança
E sedução de mulher
É forma e conteúdo
Meu beijo é
Desejo e saudade
É sabor e vontade

sábado, 22 de dezembro de 2007

Amor errante

Em, 19.12.07




Amor errante
Alma sibilante

Quer sussurrar
A te encontrar

E o coração da gente?

Em, 19.2.07

Nas frivolidades
Que vejo no jornal
Nas estórias das revistas
Nos filmes
Nas fotos
Nas artes
Na cultura
O amor sempre está presente
Mas parece
Só não está no coração da gente

Quero ainda

Em, 19.12.07

Quero ainda a boca tua
Na ânsia de apagar
As palavras duras
Que insistes a me falar

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Não tem capital


Em, 19.12.07

Na lógica perversa
A do capital tergiversa
No seio do pobre homem
Que labuta onde muitos não dormem
[porque poucos comem

Não tem peixe
Não tem água boa
Não tem riso
Não tem comida
Não tem roçado
Não tem céu limpo
Não tem paisagem
Não tem rio
Não tem futuro
Para o Brasil!?

Noiva Solitária


Em, 05.12.07


Noiva solitária
Com seu vestido roto
Amarfanhado
Noiva que espera triste
O cantor, o poeta
O reviver de todos os sonhos
O baile final
Dar-te-ei minha mão
E meu juízo
Para contigo bailar
Vou esperar até o final do tempo
E em um só momento
Meu sonho realizar

Pedro

Em, 05.12.07

Parece tempestade, mas é vendaval
Es uma pessoa mais que normal
De cara vejo, és fenomenal
Rir-se das mazelas é bom
Obliterar o ruim também

Nunca esquecerei
Es especialmente culto
Legal como nos acolheste
Inteligente, sensível, boêmio
Todas as qualidades
Ora, és Pedro, Pedra, Perfeito.

Sapão


Em, 10.12.07

Vem logo sapão
Coaxar no meu charco
Mostrar a tua face
Dar-me a mão
Sou uma pobre rãzinha
Desabonada
Solitária
Moradora dessa imensidão

Erros

Em, 10.12.07


Cometer erros sem perceber
Que coisa triste
Mas mais triste é quem os comete
E sabe o que está a fazer

No meu caso
Culpada eu sou

Não de ter errado
Mas de ter pedido perdão
Sem a mesma veemência
Necessária para a situação

Da cabeça?

Em,10.12.07

Tirar-te da cabeça
É tarefa muito árdua
Mas mais árduo ainda
é tirar-te do coração

Quarto escuro


Em, 10.12.07

No meu quarto escuro
Divago
Onde está o meu ser amado?

Nesse dia

Em 01.09.07

Se um dia eu não te ter
A poesia hei de perder
Na estrada escura da vida
Solidão


Se esse dia
Esse dia me chegar
Todo ar vai me faltar

Eu vou me deixar morrer
Não quero mais viver

Quem já me perdeu

Estou no piloto automático
Vida sem rumo
Não leva eu
Não quero mais chorar
Por quem já me perdeu

Não tem

Não tem amor
Não tem carinho
Não tem esperança
Não tem inspiração
Não tem coração

Desgostosa

Ando desgostosa
Na trilha tortuosa
Que minha vida
Teima em seguir
E sem me iludir
Sigo amargosa
De tanta lida

Descontentamento?

Em, 01.09.07

Se sou leve, linda e solteira
Por que me perder nas trevas de mim mesma?

Somos abençoadas e cada vez que choramos
Renegamos o céu que nos foi dado
Somente para ver a beleza de nosso sorriso passar
Para que amor insistir em tanto sofrimento?

Descontentamento

Qual a medida?

Em, 01.09.07

Qual a medida do bom poeta?
Reconhecimento dirão uns
Sofrimento dirão outros

Sintaxe, concordância
Capacidade literária

Qual a medida do bom poeta?
Ser capaz de emocionar direi eu

Rota do Inferno


Em, 01.09.07

Enxaqueca da ressaca do ontem
E eu aqui tecendo mil planos maquiavélicos
De banir você e aquele vinho que bebi
Para te esquecer, ao inferno

Aliás, já estou aqui
Matando o tempo
De minha morte já consumada
Faz tempos

Morri quando te vi
Após tempos de cegueira

Hades receba-me
Não há mais nada a fazer
No mundo dos vivos
Aqui terei eu tranqüilidade
Lá, somente desespero, dor e saudade.

Verificação

Em, 05.12.07

Perdeste-me amor
Ganhou-me o mundo

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Carta do nordeste a pai noel




Pai noel
No nordeste de fel
Sopra teu vento gelado

E no calor dos trópicos
Faz nevar por um dia
Para a alegria da molecada

Não esquece de noutro dia
Trazer o sol
[Para aquecer a roupa do varal
E para os moleques soltarem pipa
Em pleno natal

Ah! E deixa um pouco de água do gelo
Para a bica do quintal!

Em nome da poesia

Em, 01.09.07


Em nome da poesia
Eu te vejo mais uma vez

Em nome da poesia
Meu amor é maresia

Em nome da poesia
Eu sinto...vou chorar


Em nome da poesia
Não sei se vou gostar

Em nome da poesia
Eu vou fingir...ignorar



Em nome da poesia
Eu sei....eu vou cantar


Em nome da poesia
Eu vou te olhar


Em nome da poesia
Quem sabe vou me acabar

Em nome da poesia
Em nome da poesia......

Em nome da poesia

Continuar

Em, 01.09.07

Nós que amamos a liberdade
Não ficamos presos
Onde não queremos

Temos que voar
Continuar....


Se estou aqui
É porque te espero
E tanto te quero...

Mas as horas passam
E o tormento aumenta
Sinto que não vais chegar

Mas,


Temos que voar
Continuar....

Nem que seja
Para outro lugar

La-ra-ri-la-la

Momento atual

Em, 30.08.07

(Para minha prima Vyvi)

Nesse momento em que me encontro
Em que eu só tenho nãos
Agora sei
Bato nas portas erradas

Um alçapão para fugir
Do cheiro dele que ficou em mim

Quando mexo em qualquer gaveta
Ainda sinto o cheiro dele

Como ser prática
E conseguir disfarçar?


Na tua presença
Não consigo falar
Ou ficar séria
Nada

O que adianta
Se amar
Se não se pode tocar

Pior seria
Eu sei
Amar sozinho
Sem a esperança do colo

Ainda que nada seja feito
Pelo menos já sabemos
A fórmula todos nós temos

Falta a execução
Fuzilamento de mim mesma?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Português mal falado


Em, 01.09.07

Hoje parei para pensar
No que ainda não é

Não tenho fotos tuas
Na estante da minha casa

Não há meias nas gavetas
Nem sapatos no corredor

Nada tem cheiro de amor


Eu querendo tanto
Um algo mais

Mas o que é mais que temos
Se já temos tudo o que queremos?

Eu querendo tanto
Um algo mais

Mas o que é mais se já temos
Todos nós já “semos”
Tudo que “precisemos”

E sigo assim
Sem eira nem beira
Assassinando o português

Na esperança fria
De te trazer para mim
e as tuas meias
nas minhas gavetas

Erra a língua

Em, 01.09.07

Erra a língua
Padece o corpo...
Encontra a boca tua
Perde-se em mil amores

Erra a língua
Que lascívia
Ama o corpo teu

Mas de que adianta
Este amor errante
Não sou mulher de escuridão
Deixa-me à míngua

sábado, 15 de dezembro de 2007

Doença


Prezado D.,
Espero que a sua doença não tenha lhe deixado com problemas visuais que lhe impossibilitem de ler o referido mail. Estou preocupada, vez que certamente o mal que lhe acomenteu o impossibilitou de fazer chamadas ao telefone para acalmar àqueles que se preocupam com seu estado de saúde. Lamento lhe informar que sua ausência fez com que perdesse os docinhos e bolo de chocolate com brigadeiros com que fui presenteada pela passagem do meu aniversário, perdeu também a ótima oportunidade de manter uma amizade que certamente seria recheada de muito humor (droga de novo eu pensando em comida agora que estou de dieta). Por outro lado, não consigo parar de pensar na oração que fiz exatamente no dia de seu último contato terrestre. SENHOR se for mais uma bronca, me livre por favor.
Saudações de coração sem ressentimentos, mas com um leve puxão de orelha.
Sua, L.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Imagem e Ação

Em, 29.08.07

Palavras são para a imaginação
Ações são para a realidade
Imaginar já sei bem
Agir é que são elas!

Mereço mais

Em, 01.09.07

Mais do que
[um olhar de apreço

Mereço mais...
Um começo

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A música que dedicaste


Em, 29.08.07

Linda a música que dedicaste
Ao nosso amor errante
Paradoxal é tanto sentimento represado
Assim apertado

Você nasceu mesmo pra mim
Mas vou continuar a fechar os ouvidos
E fugir em uma disparada sem destino
Somente por tentar...desatino

Mas não desesperes amor
Um dia hei de te dar mil amores
[De todas as cores
Nesse dia será noite estrelada
No céu de nosso destino

Mesmo que esse dia não exista
Preciso acreditar
Para continuar a escapar

Pois se tivesse a certeza que viver
É não ter o beijo teu por toda a vida

A morte certa ao fim de tudo
Operar-se-ía automática em um segundo

Preferiria morrer desde logo
Que perder a chance de morrer aos poucos
Um dia nos braços teus

Banho-maria

Em, 29.08.07

Trôpega de tanto desejo
Sigo pausada para o mundo
Gestos contidos
Porém em ebulição interna
Quanto mais calma pareço
Mais estou a prestes a explodir

E desta explosão ensandecida
Não autorizada
Não permitida
Que não se acabe uma vida

Que do amor não nasça dor
Que de teu riso não haja tristeza
E eu de mulher amada
Passe a ser o obstáculo
A pedra de teu sapato

Milagre das horas

Em, 29.08.07

No teu peito abrigo
Poucos segundos de olhares
Poucos minutos de toques
Poucas horas de contato
Transformam-se em dias de sofreguidão

Homens putos

Em, 01.09.07

Maridos, namorados cultos
Amantes putos

Amantes não podem ser cultos
Amantes devem ser putos

Se cultos amantes são
Será de nós traição

Amantes putos e cultos?
Perdição

Provérbio da poesia

Em, 01.09.07


Já diz o provérbio
Feliz no jogo
Infeliz no amor
E eu te digo
Infeliz no amor
Feliz na poesia
Quem diria?
Quem diria...

Na matrix


Em, 01.09.07


Na matrix da poesia
Vi cair mil letrinhas
Ao invés de letras verdes
Em telas de computador
As letrinhas caiam em forma de flor
Viravam passarinhos e cotovias
Corriam, faziam festinha
Transformavam-se em vento
Espalhavam-se por tudo
Sol, terra, mar, firmamento

Meia volta

Em, 01.09.07

Ontem você me viu e deu meia volta

Esperava mais...
Queria mais...

Já não importo mais
Já não me importo mais

Já não quero mais...
Já não te quero mais....

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Bolinhos de arroz



Fui surpreendida por uma criancinha linda olhando para mim em tom de súplica. Você faz bolinhos de arroz? ele pede. E eu ultra-modernosa corri para a internet à procura de uma receita dos tais bolinhos. Após, uma rápida consulta de alguns segundos no oráculo cibernético dos tempos modernos, google, no meu lindo notebook de última geração na mesa da cozinha, eis que aparece a receita; e lá vou eu tentar seguir o passo-a-passo. Hmmmmm....já que você quer comê-los venha ajudar-me a fazer. E, daí, tudo virou uma alegre confusão. Trigo na testa do moleque....tigelas e talheres melequentos. E o liquidificador...nojento, risos. Sim, porque até hoje não me tornei íntima do processador. Adoro forçar o motor do liquidificador. Fico orgulhosa. Ele é tão resistente! Sempre me acompanha nessas experiências encantadoras e malucas. E a cada bolinho que eu fritava, lembrava da minha infância. Mamãe fazendo pilhas de bolinhos de arroz que ainda fumegavam e já iam todos direto para a boca da molecada. Eu me senti poderosíssima fazendo os bolinhos. Se podem fazer bomba seguindo manual na internet, os meus bolinhos já eram o sucesso. E não é que foram mesmo? Deliciosos. Bolinhos de arroz. Gosto de infância.

Olha amor

Em, 01.09.07

Olha amor,
Todo verbo precisa de um complemento
Todo amor que guarda um tormento
Deve se alimentar de sentimento

Olha amor,
Trate bem quem lhe gosta
Pois um dia sem resposta
Este alguém pode lhe faltar

Olha amor,
É preciso respeito
Por todos os momentos
Por mim e por você

Olha amor,
eu não me desespero
porque sei o que quero

Olha amor,
Para existir o nós
É preciso de dois

Monotonia


Em, 01.09.07

Na roda da poesia
Cansei de girar...
Monotonia

The end



Em, 01.09.07

I know that´s the end
After all that we´ve been done
There´s nothing more
Nothing else to do

This is the end
Yes, my friend

After all
After all

I´m so sad
It´s really bad

But you know
You must know
It´ll be another
Sunny day
Maybe today

Muso aspirador




Muso

Se na poesia
Toda poetisa
Precisa
De um “muso” inspirador
Eu que não te uso
De tanto que respiro
Somente a ti aspiro
Termino no incinerador

Dias...dias....dias

Em, 02.09.07


Dias fazem
e eu ainda sinto
teu gosto
[na minha boca

Dias passaram
e eu ainda anseio
[por teus carinhos

Dias....dias.....dias....
...e não te esqueço

Se continuar assim...

Dias...dias....dias
...enlouqueço

Tempos atrás


Em, 03.09.07



Saudades de um tempo que já se foi
Um tempo de risos inocentes
De esperanças ternas
De vontades realizadas
Um tempo de carrões
Brilhantina
E amores arrebatadores
Em vestidos brancos
Com bolinhas pretas
Laços no cabelo
Chiclete de mascar
Saudades do teu olhar
Da tua mão a me tocar
Sem pressa
Em uma tarde-noite encantada
De amores sem fim

Sonho




Em 08.09.07


Foi muito rápido. Não vieste como das outras vezes em que somente me olhavas ou caías acidentalmente em cima de mim, ou ainda trocava juras de amor em sonhos. Vieste de forma rápida e viril. Possuíste meu corpo e a mim em cenas oníricas de puro êxtase. Sonho?

Carreiras de dentes


Em, 08.09.07

Era uma cena dantesca. Os dentes um a um amolecendo na boca e eu ali sentindo que os perderia todos. Comecei a cuspi-los como chicletes já gastos da boca. Enchi uma das mãos com eles. Logo em seguida, antes mesmo da reflexão da primeira cena, eis que já surgiam rápidos, ferozes, diria mesmo vorazes uma fileira de dentes novos que já chegavam grandes na boca de dentro de mim mesma. Espantei-me. Jamais tinha presenciado semelhante cousa. Após, a primeira fileira, esta cedeu espaço a uma segunda carreira de dentes já grandes e fortes. Mistério. Enigma por hora indecifrável.

Reencontro Virtual


Em, 08.09.07

Ontem na tela do computador reencontrei-me com o antigo ser amado. Estava lá ele, rosto cheio de promessas. Tudo no lugar. Boca sensual, cabelinho bem negro, contrastando com o tom da pele do corpo. Lindo. Perfeito. Pude divisar nossa foto no porta-retrato que ainda permanecia no mesmo lugar. Foto linda, momentos perfeitos. Puro encantamento nossa troca de olhares. Pensei surpreendida - a atração ainda existe. O que fazer dela? Lágrima no cantinho dos olhos de ambos exige cautela. Nem só de momentos fugazes vivem as pessoas. Se não há continuidade para que insistência? Pura teimosia.

Início de dieta


Em, 08.09.07

Vamos iniciar uma dieta. Ida à médica. E para celebrar que tudo deu certo, o começo de uma nova etapa, nada mais do que justo do que se despedir de nossa tão querida doceria.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Primeiros encontros



Tão bom ou melhor do que finais felizes são primeiros encontros. Mãos geladas (que você não sabe bem onde colocar). Suores frios, arrepios, descobertas, bocas, braços, pernas, tudo testando o encaixe novo. A gente sempre promete que não vai mais se envolver, gostar, se apaixonar, enfim....« Bolcheet»!!!!! Tudo se renova e quando se percebe...lá se está de novo no ponto de partida, com aquela cara de bobos, melhor roupa, perfumados, mostrando o melhor ou em caso de nervosismo se tropeça nas coisas, etc....Que gostoso. Primeiros beijos!!!! Primeiros encontros!!! Viva!!!! Viva!!!!! Todos os primeiros beijos e encontros deveriam ser memórias proibidas de se esmaecerem. As sensações impressas para sempre no corpo da gente. Quando tive o primeiro beijo, cheguei em casa, achei que todos iam notar. Lembro que jantei macarrão e a cada parte do molho sorvido pensava....eles vão descobrir (minha família).....estava em êxtase. « Brave new world» E olha que tinha sido mais saliva do que qualquer outra coisa. É bom falar nas espécies: Primeiros beijos de lua, de chuva, de praia, de cama, roubados....Hmmmmm.....meus preferidos, confesso. Beijos roubados têm o sabor do inesperado. Você resiste, resiste...afinal foi pego de surpresa e lá pelas tantas deixa rolar....pensa em logo conferir para acabar com o martírio. E aí « tan-tan-tan» encantamento. Advirto: quem é adepto ativo de beijos roubados, isto é, quem gosta de roubar beijos, geralmente sabe o que faz, já que o investimento é alto. Se a pessoa de quem se rouba se ofender....sai de baixo....Para quem gosta de receber beijos roubados....Bem, é uma questão de sorte. Use um óculos e se faça de pessoa bem séria....é uma possibilidade....alguém pode achar que para beijar você somente irá conseguir se te roubar um beijo. Enfim, desejo a todos maravilhosos primeiros beijos sempre.....e se os personagens depois de um tempo forem uma reprise dessas de sessão da tarde, saiba que têm filmes maravilhosos que passam nesse horário. Muitos beijos a todos!

O diálogo não foi bem assim


Alô!
Alô!
Tudo bem?
Tudo bem. Que bom ouvir sua voz. Que bom ter me ligado.
É. Tentei muito falar contigo.
É. Esse celular é uma droga mesmo.
Conta. O que tem feito?
Depois que voltei de viagem...Nada....Penso em te ligar.
Que bom! Bom mesmo!
(silêncio)
Vamos nos ver?
(silêncio)
-humrum-
Bom....Amanhã?
Sim. Horário?
Almoço?
Sim. Sim.
Ok. Te ligo então meio dia.
Certíssismo.
Beijo.
Beijo, beijo.

(E os dois desligam suando frio. Ainda não inventaram nada, depois de beber água, melhor que a sensação dos primeiros encontros, pode o leitor duvidar).

Como uma adolescente

Não sei o que te dizer
O que vai perguntar
E eu responder

Suor frio
Ao ouvir tua voz
Dor de estômago
Tudo!

Como uma adolescente
Sigo apressadamente
Com meus pensamentos

Tanta ousadia
E eu sem tato
Quase te mato
Com minha ironia

Como uma adolescente
Quero te ver de novo

Beijar teus lábios
Sentir tuas mãos frias
E ser de novo tua

Amor canibal

É mais uma dessas estórias/Bem banal/Podia ter acontecido no carnaval/Ou em rede nacional/Amor canibal/Amor canibal/Põe abaixo tudo/A razão, o senso e a moral.

Sem mais

Sem mais palavras
Sem mais forças
Sem mais vontade
Sem mais coragem
Sem mais virtude
Sem mais postura
Sem mais candura
Sem mais coração

Balde d´água fria

Nestes dias em que te beijo
Água fria de repente veio

Do céu ao inferno

Simultaneamente
Sincronicamente

Sem saída
Sigo rumo ao abismo
De mais uma vez perder-me
[nos braços teus.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Frenética

Busca frenética
Pela troca de energia
Pelo sexo ritmado
Pungente, animal
Gemidos, gritos
Sussurros e arranhões
Quero passar para dentro de ti
Perder-me na ausência de tempo
No espaço do teu ser
Lamber-te todo
Como gata no cio
Desarrumar tudo em ti
E fazer sorrir
Com tanto desvario
Morrer de tesão
E dar vazão
Como bicho da mata
Completa e irracional
Material Woman
Escrava dos teus prazeres

Até chegar em você

Muitos corpos
Muitas bocas
Todas experiências
[Muito loucas

Muito de tudo
Para chegar a você
E saber te (re)conhecer
Deixarei eu o tempo passar ?
Posso eu impedir o vento?
Não, não posso e não quero.

Eu sei que te amo

Eu sei que te amo
Porque arrisco meu coração

Eu sei que te amo
Porque faço malabarismos

Eu sei que te amo
Porque penso em ti quando em outra boca

Eu sei que te amo
Porque as coisas que me são mais caras
Empalidecem quando vejo você

Eu sei que te amo
Porque tremo por dentro
E é em êxtase que recebo teu amor

Eu sei que te amo
Porque te esperar por breves momentos
Eternizam meu sofrimento com a possível perda

Eu sei que te amo
Porque quando sorris tenho certeza
Tudo em mim está bem

Eu sei que te amo
Porque quero tua atenção a todo custo e sutileza

Eu sei que te amo
Porque vivo para isso o tempo todo
Namorar você, respirar você, viver de você.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Louco desvairado de amor

Sou teu jacarezinho
Cuida de mim
Faz cafuné
Dá amor sim
Dá atenção
Me põe no colo
E faz canção
É meu destino sim
Sigo assim
Louco desvairado de amor

Para sempre amor

Nada que possa te dizer
Vai poder realmente expressar
O quanto eu sinto
Aqui dentro
Calado no peito
Meu amor a te fitar
Meus olhos entreabertos
Tentam semi-despertos
Fixar tanta beleza
Um dia terei semelhante destreza
E poderei te dizer então
Mais do que com a razão
Com meu pobre coração
O quanto te quero
E venero
Para sempre amor

Em chama

Mais uma vez o corpo em chama
É você quem me chama
Para de novo a cama
Paraíso de quem ama
E eu não sou o dalai lama

Beijo na viatura

Beijo na viatura
Boca madura
De desejo
Mais um beijo
Não vou evitar
Preciso te amar

Na cama
A gente se ama
No espelho se reflete
O amor em confete

Tudo em festa
De seresta
Se te digo que não presta
É porque nada me resta

Para saber pretinho

Quero que saibas pretinho
É melhor você pertinho
Que meu coração sozinho

00h

Deu 00h
É hora
De dizer adeus?
Virar de novo gata borralheira
Mas que besteira!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Do beijo

Do beijo fez-se o desejo
Da boca vontade louca
Do riso perdeu-se o juízo
Do sexo tudo ficou sem nexo

Pedido de casamento


Promete me fazer sentir especial quando sou o mais comum dos mortais e protegido como se teu abraço fosse o lugar mais seguro do mundo? Promete me fazer sorrir até mesmo quando tenho lágrimas e me dar aquela agradável sensação de que tudo vai ficar bem? Que não vou mais ter dias cinzas ou que se ainda assim os tiver poderei me encostar em você, ler um bom livro ou simplesmente dormir bem aconchegado? Promete não implicar com meus amigos? Promete tantas coisas, tantas promessas, mas sem precisar realmente prometer nada, tudo dito com um olhar, o encaixe perfeito, os beijos quentes, a cama desarrumada, êxtase de ter encontrado simplesmente a pessoa certa para fazer da rotina um porto seguro e do inesperado uma agradável surpresa.... Prometa-me! Beije-me logo! Porque o tempo passa e contra ele os amantes somente podem parar o relógio por breves, mas importantes momentos....
Ai, ai.....

domingo, 25 de novembro de 2007

Estranha sensação

Não perdi nada
Mas não ganhei não
Estranha sensação

Eólica





Eu era tempestade
Depois ventania de saudade
Mais um pouco brisa serei
Quando virar sussurro eu te direi
Que nunca te esquecerei

Não

Não quero mais ouvir tua voz
Não quero mais novidades
Não quero nenhuma saudade
Não quero teus beijos quentes
Não, quero teus carinhos
Não, quero mais teu corpo
Não, quero mais teu sexo
Não quero nenhuma lembrança

Não quero mais você em mim

Não adianta

Não adianta ficar doente
Não adianta ignorar a gente
Não adianta ser eloqüente
Não adianta ser vagabundo ou demente
Não adianta ser carente
Não adianta sofrer ferozmente
Não adianta adiantar o ponteiro velozmente
Não adianta porque nada faz passar pela lente
Não adianta, não poderia ser diferente
[o amor que se sente
[enlouquece a gente

Nada mais

Nada mais para se dizer
Nada mais para se fazer
E a sensação de que é finda
[A relação
Deixa um vazio no coração
Nada mais para se viver....

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Depois do filme




Que incômodo que insiste em quedar
É a ausência de você a me amar
Nossos olhares de amor
Trocados por frios cumprimentos
É para ser assim
Tudo tem um fim
Foi ciúme sim

Agora sem futuro
Sigo inerte
Atropelada pela vida

Eu que era puro sentimento
Sou só desalento
E sem destino e sem talento
Virei figurante do meu próprio filme
Sem sentido e com vaga bilheteria

Meu ator principal foi para hollywood
Mas eu não estou mais no script dele
Outra atriz de certo mais vistosa
Tomou meu papel
E me deixou aqui sem céu

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O pior dia da minha vida

O pior dia da minha vida foi o dia em que soube do casamento do meu maior amor. Eu sabia. Desde o começo eu sabia. Era um desses amores bandidos, rasteiros, sem maiores chances de futuro. Mas eu que a princípio relutava, entreguei-me. Beijei, me extasiei, me “empapucei” de tanto amor. De que adianta? Nada. Nem meu choro ele quer ouvir mais. Voltou recentemente da lua-de-mel e me deixou aqui, com o mais profundo fel.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Criaturinha linda doente

Em, 08.09.07

Meu filho cada vez que vomita jorra junto uma parte de mim.
Não posso vê-lo doente. Imediatamente adoeço junto. Querem me colocar no lugar dele? Ei, ei! Doenças! Estou aqui. Por favor eu, não ele. Criaturinha linda.

Adivinhadores de pensamentos

Em, 08.09.07

Quero namorar um poeta. Assim fico sabendo tudo que ele pensa nas tão mal traçadas linhas do papel ou na tela de um computador, risos.
- end of transmission-

É to namorando

Em 08.09.07

É to namorando...


meu filho criança
com suas andanças
a poesia com suas trilhas
a vida com gosto de amor
água no rosto
[em dia de calor
início de manhã
orvalho em folha
sorvete gelado
cobertores quentinhos
beijinhos no queixo
sopinhas de mãe

Exame de sangue

Em, 08.09.07

Estava eu fazendo exame de sangue na data de ontem quando me deu uma crise de riso. Crise daquelas mesmo... desesperada. Todavia, ainda assim, dado o lugar em que me encontrava, era um riso para dentro, meio abafado. A moça do guichê ao lado perguntava para o senhor a quem atendia, as perguntas de praxe: Está em jejum? etc. Lá pelas tantas ela pergunta: Fez atividade física agora pela manhã? E foi, então, que seguiu-se um inexorável silêncio de alguns segundos. Será que o senhor de meia idade capitulava se a atendente havia descoberto a troca de carinhos matinais com sua esposa? Poderia isto ser considerado como atividade física? Talvez sim, já que seu coração ainda apertava e bombeava sangue mais rapidamente ao ver a calçola de sua mulher pela camisola de algodão entreaberta pelos botões, pelo sim, pelo não, respondeu à atendente negativamente. Levantei. Chamavam o meu nome.

Lição bem feita


Em, 08.09.07

A mim amas tanto amor que te pedi para você me esquecer, e como bom amigo, esqueceste mesmo de mim.

Cidadania Verde Amarela



Em, 08.09.07

Corajoso ele lavra a terra sem trégua
Ignora o cansaço e as dificuldades
Desenvolve o país com suas ações
Avança
Demora a desistir
Aliás
Não desiste nunca
Implacável em sua luta
Ama sua pátria verde-amarela

Vestido de trabalhador
Esperançoso de novo labor
Registra os filhos no cartório
Depõe em CPIs
Exerce o voto

Alenta a fé em nosso país
Marcha rumo à terra
Ama e protege o meio ambiente
Reza pelo sucesso do povo
Elege o sucessor
Labuta como filho da pátria
Alimenta a esperança na mãe gentil

Salve, corajoso cidadão do Brasil !!!!!

Amigo antigo e youtube

Um doce amigo antigo
passou férias
não em salvador
mas em alagoas

Riu
gravou as aventuras
postou no youtube
se mostrou no orkut
eu vi


e você? também?
Desde que o mundo é mundo
ele não esteve tantos cliks perto
um link e zupt
relembramos os velhos conhecidos

Dor no coração


Em, 08.09.07

Hoje uma dor no coração
tantas saudades senti do meu amor
já não me quer mais por perto
não me ama, é certo.

Na viatura


Em 10.09.07

Lembrei-me hoje com ternura
[quando precisas te lembrar de fazer algo na rua
[colocas ao teu lado na viatura.

Sobre a fé

Em 12.09.07

Hoje uma mão amiga muito antiga que me acompanha pelos tempos me deu novo alento, no meio da tempestade Deus mandou um raio furar o bloqueio e enviar uma nesguinha de sol, um raiozinho de luz, mas que aqueceu o meu coração e toda minha família, vamos todos ficar bons, curados, para honra e glória de Deus. Se estamos doentes, vamos nos medicar, vamos todos ficar bem, vamos fazer tudo, porque já está dando certo, já que Ele nunca nos abandona, mesmo que a gente não dê para ele muita atenção ou mesmo O abandone. Ele nunca nos abandona! Nunca, nunquinha, nuncão. Está sempre do nosso lado, nos acompanhando, zelando por nós, os sofrimentos existem para nosso crescimento e se tivermos fé suficiente Ele nos concede suas graças! Acreditem. Eu acredito. E mesmo dodói hoje digo, obrigada Senhor porque ele é bom e sua benignidade dura para todo o sempre. Amém.

Da Falibilidade Humana

Em 14/09/07

A carne apodrece
Apodrece a carne
Gente que falha
Por isso fenece

Todos pecadores
Em alguma medida
Somos todos

Concupiscência
Maledicência
Ausência de empatia
Pobre da Fé

Ausência do espírito
Nossa casa, o corpo
Sujo
Dele não sabemos cuidar
Não sou melhor que ninguém
Vivo a errar
Tenho muito que melhorar


Como posso eu julgar o outro
Se o vergueiro cresce no meu olho?
Não o vejo, não o quero ver

Mas
Acima de tudo o amor
Só o amor constrói
A inveja destrói

Quero te dizer
Mão amiga
Que antes das pedras
[saiba
O quanto eu tentei acertar
Mesmo errando

Necessidade de reforma
Perserverança
Labuta
Um dia se alcança

Abismo

Em 14.09.07

Num relance
Um simples salto
Um pequeno gesto
Abismo

Um ok
Olhar desmedido
Abismo

Será que vou cair?
Se caio
Abro os braços
E curto o momento da queda
Voa passarinho
Voa
Para o seu destino final


Não
Não sou assim
Não desisto jamais
Existe a tal da perserverança
Não me entrego
Há esperança

O abismo continua a me fitar
Está a prescrutar
A melhor de forma
De a mim dominar

De novo perseverar
Insistir no que é certo
Desistir jamais
Se caio e é certo
Tenho que me levantar

Cheiro de estragado

Em, 14/09/07

Ela precisa
Mas mesmo assim
Estraga tudo
Sorri para mim
Diz que está tudo bem
Mas faz coisas
Às escondidas

Pensei que um dia iria me amar
Mas só vivo a me enganar
Quer me ver por trás
Nunca me quis
Não me ama jamais

Será que o mal
Também está em mim
Tão forte
Que não consigo tirar?

Amor material
Físico e carnal
Não é amor
É desdém
Para o que vem
[além enviar recado cancelar

Receita do esquecimento



1kg de xingamentos
500g de fotos bonitas picadas
2 kg de palavras lindas faladas
5kg de êxtases de camas desarrumadas
100g de carinhos desperdiçados


Bater tudo bastante até que fique uma mistura bem homogênea com cara de tarde cinzenta. Cobrir com pitadas de frio, tristeza e indiferença.
Pode servir com amargura.
Rende 2 porções de esquecimento

Tempo de preparo: indeterminado

Para te arrancar de mim

Se para te arrancar de mim
Preciso te ferir
Que doa então
Doa mais que em mim
Que sofra!
Que morra.

Vampiro?

Meu pretinho
Não sabia que era um vampiro
Mordeu meu pescocinho
Tomou meu sangue todinho
E me deixou um sozinho

Com pá de cal

Hoje fiz pouco caso de você
Voltaste para o teu lugar
O da indiferença
Deixaste de existir
Enterrei com pá de cal
Tanto sentimento
Desprezado
Descontentamento
E para aliviar meu sofrimento
Finjo que não te vejo
Que não existe você em mim
Espero pacientemente o dia
Em que não vou mesmo lembrar de ti
Enquanto isso, sigo a mentir
A fazer de conta que não estou aqui

Já é a despedida

Mal tive tempo de te sentir
na minha vida
E
já é a despedida

de amor a ódio

O amor veio e se instalou
Sem pedir licença se fincou
mas uma hora ele se findou
e em desespero
se constatou
que tudo acabou
e de amor não mais se falou
agora o tempo mudou
de amor a ódio
palavras frias
atitudes vazias
fina ironia

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cantar


...Cantar é a alegria em si a sua liberdade
Viver e cantar são sinônimos na cabeça de um poeta
A vida é uma rainha que manda e desmanda em você
mesmo assim é bom viver, aprender...


(Trecho do poema cantar, 11 anos de idade, que consta do livro poesia do grão-pará)

Silêncio




Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Outro caminho

Caquinhos despedaçados
Palavras ao vento
Meu amor virou tormento
Tanto investimento
Tanto sentimento
Por nada
Você vive a sua vida
E eu aqui sentada
O tempo sempre mostra o caminho
E o meu é seguir sozinho

Fell down




It´s a mistery
The way that you were gone
No more liks
No more groans
Just moans
I did it to you a loan
But you never came
To rescue my heart
You are moody
And miaow
I fell down

Little cat






My little cat
I don´t wanna be so bad

My little cat
You left me away
I beg you to stay

My little cat
Don’t make me sad
Just ´cause you are a good lad

My little cat
I have lack
You are in lag

My little cat
You left me away
I beg you to stay

Nos teus olhos

Em 10.12.06

Quando meus olhos encontram teus olhos eu esqueço do tempo, moro em ti.

João Vitor



E depois da dor
nasceu o amor

Contraditoriamente futuro do pretérito

Em 14.09.07

Disse sim
Mas sei que é não
Contraditória eu sou

Odeie
Se irrite
Esqueça
Limite

Sei que não é assim
Sei que não é para mim

Feche-se
Desapareça dos olhos meus
Tua boca de mel a fel

Eu sei
Não é para mim
Não


Queria
Mas é futuro do pretérito
Poderia
Mas é sempre futuro do pretérito

Então me deixa aqui
Querendo os beijos teus

Qual o efeito prático
De te encontrar?

Qual o efeito quiropático
De te amar?

Não há
Não há
Não há

Para ti uma cantiga

Em 14.09.07

Almejo tua boca
Como eu quero o céu
Quero o teu riso
Como a mais bela música
Penso em ti
Aqueço-me

Mas não estás aqui
Não é para ser assim


Queria eu te dar mil cantigas
Até de ninar
Tua boca amiga
No meu ombro
A babar
Letrinhas de amor em sonhos

Mas não estás aqui
Não é para ser assim


Sigo assim dividida
Na estrada da vida
Procurando alguém para rimar
Mas no fundo sei
Já existe alguém
É você meu doce azul do mar

Saudades na mangueirosa



Em 14.09.07

As marés da baía do guajará
trazem o gosto bom de te amar
Mas não vou poder
Sinto que não vai ser
Beijo de tacacá
Gosto de tucupi
Libido, açaí
Tudo de ti

A brisa suave da tarde
Entalou na cidade
Por-do-sol
Continua bonito
Mesmo com o apito do ônibus
A abafar o canto dos seres da samaumeira
[do CAN
Na tarde louçã

Quisera eu ouvir o sino da tarde
Com a mão no ombro teu
Meu peito que arde
Que saudade do colo teu

Incitação à Reflexão

Em 15.08.1997

Meus amigos, alegrai-vos
a vida é uma doce e grande sinfonia
grande não em tamanho, mas em fatos e emoções

Meus amigos, escutai
a voz que provem de nossos corações
que ela se torne cada vez mais límpida e necessária
no conteúdo de vossas decisões

meus amigos, prestigiai
o dom da razão e da riqueza das sensações

Fazei do cérebro um instrumento do bom
[trabalho e bom senso

e do coração instrumento do mais
[sublime amor

Meus amigos, orgulhai-vos
do presente da criação
a vida que Deus colocou em vós
a razão em nossas mentes
o calor que emana de vossos corações
E de Jesus como guardião de vossa santidade
Rumo ao portal da eternidade

Tudo que temos


Em 27.11.1997

Teu beijo me deixa sem fôlego
Teu toque me faz sentir molhada
Teu olhar me desnorteia
Teu calor me enlouquece
Tudo que é de ti tem o dom de me fazer delirar
Tudo que vem de ti é o que tem importância
Teu cheiro já não me deixa pensar
Teu eu me entorpece
Tem tudo a ver comigo
Tem tudo a ver contigo
Temos juntos a libido
Temos tudo o que temos
Tudo temos então
Tenho você
Tens mim
Temos um ao outro
Tenho você em mim
Tens mim em ti
Temos tudo o que temos
Tudo temos enfim

Ondas na praia


Nunca fui dada a nenhum tipo de fanatismo
Mas um dia sonhei com você
E a gente então conversava
O sonho foi muito real
Principalmente quando o nosso olhar se encontrou
Senti algo estranho
Uma grande energia passou por mim
Ao acordar, achei graça
Nunca tinha sonhado com alguém nessas condições
Os dias passaram, mas o fato é que fiquei pensando no que conversáramos
Virei tua fã, e claro, não pude me lembrar do que sonhara, mas se hoje fosse te falar, [seria mais ou menos assim:

Em 30.11.1997


Todos nós temos que passar pela vida de uma forma ou de outra
E cabe a você decidir de que forma vai ser
Se com um sol brilhante com pancadas de tempestade
Ou se com chuva torrencial e um sol acima das nuvens a brilhar
Porque mesmo que você não veja o sol
Ele sempre lá estará

A vida tem situações variadas, é como um monte de ondas na praia
E talvez o segredo de se viver seja justamente este
É cair e se levantar
Ninguém está dizendo que um machucado dói e que você não deva chorar, mas simplesmente não chore mais tempo que o necessário
Pois você deve se fixar sempre no sol e não na tempestade; mesmo sabendo que é ela [quem vai te ensinar
Assim, se você puder escolher
Entre ser alguém que brilha ou um rio de lágrimas, escolha o primeiro
E saiba que quem escolhe o prisma por onde olhar é sempre você
Saiba que no mundo das cores o preto é a ausência, mas o branco é a soma de todas as cores
Colecione os seus sofrimentos, porém apenas com o intuito de tornar mais saborosas as vitórias.
Veja a praia. Ela sempre está lá, apesar do ir e vir de suas águas e do quebrar de suas ondas.
Olhe para o céu e saiba que existe sempre lá em cima o sol pronto a brilhar

II

Teu olhar
Teu gosto no comer
Teu jeito sedutor de cantar
[E mexer com os sentimentos das pessoas

Mas
O que é mais bonito em você
É que você tem consciência deste poder
E apesar disso é alguém que nem faz estilo de pop-star
Porque dentro do seu coração
Eu sei que você procura o mesmo que todos nós
O que você quer
É o que eu também quis
É achar aquele alguém
Que tenha um jeito especial
Que te transporte a um portal onde sensações por si já bastam
Sem precisar das palavras
Mas que quando estas surgem são muito bem-vindas
É acordar de manhã
Com um sorriso nos lábios
É sentir o maracanã inteiro gritar
[dentro do peito: - Eu sou feliz

Agora
Eu já tenho que ir
Mas em tenho antes algo a te pedir:
Nunca
Nunca deixe que seu coração pare
[de acreditar no que você para muitos sempre diz
Que é possível apesar de tudo ser feliz.

Tens compromisso

Em 14.09.07

Tens compromisso
Estás comprometido
E não é comigo
És uma garantia real fidejussória
De outro alguém
E este penhor privilegiado
Que não é meu
A ti todo tempo
Sempre será cobrado
Em nem tão suaves prestações

Compromisso
Comprometido
Compromitente
Compromissário

Eu
Pobre terceiro interessado que sou
Tenho que embargar
Aguardar o julgamento
Mas sei
Não tenho garantia alguma
Adio o inevitável
Minha sentença de condenação

Simples assim

Em, 14.09.07

Simples assim
Desisto de ti
Vais me odiar
Bem sei
Sabe amor
Faz parte do meu plano infalível
De te "por" em contato de novo com tua realidade
Mesmo que para isso
Perca eu minha identidade

Poesia Visual

Em 17/09/2007
Para meu amigo Evandro

As tuas fotos não são belas
São belíssimas
Poesia visual
Retratas e recortas
O momento que passou
Captado
Em segundos
Vive
todavia
Perenizado
Na alma de quem o fotografou
E na de quem viu e amou!

Ri(a)mando

Em 18.09.07

Para meu querido panda lembrado pela construtora, ele é o verdadeiro poeta porque lembrou quando meu filho brincava de fazer rimas que amor só pode rimar com amor, beijos, família!



Amor não rima com dor
Amor é calor
Amor rima como amor?
Amor rima,ora, com amor

Amor só rima com amor.

É amor

Em 18.09.07

É amor
Vou seguindo o meu caminho quieta
Sem perder de vista os teus passos
Acompanhando cada realização

É amor
Fico aqui do meu canto
Na torcida
Uma torcida contida
Pela vida
De que possas ser mesmo feliz

Um aperto

Em 18.09.07

Um aperto no peito
Quem ama tem que libertar
Deixar ir
Deixar partir

Se retornar
É porque é o que tem que ser
E assim vai ser

Eu creio em você
Que vai ver
Que nosso amor
É tudo enfim

Quieta

Em 18.09.07

No compasso da espera
Conto com a ajuda do tempo
Mas eis que desespera
Ficar aqui quieta
Sem teus carinhos
Tua boca
Teu riso
Indeciso
De qual caminho abraçar
Sei que vais voltar
É o que me consola
Por isso não aceito esmola
Se for preciso
Eu espero
Quero muito
Um começo
E pelo apreço
Que a ti dedico
Eu te digo
Deixa-me aqui
Quieta

Sonho na casa

Em, 18.09.07

Pedi a Deus um sonho. Ele me mostrou uma casa. Estavas lá na porta da sala. Surpresa fiquei. Estavas simples, short e camiseta. Eu sorri e perguntei: - Que fazes aqui? Respondeste: Sou eu sim. Estavas feliz. Acordei, eu, feliz também.

Amor de arrebatação

Em 20.09.07

Espera ansiosa/Logo vou te encontrar/E vou poder mais uma vez/Me afundar/Nessa paixão/ Louca paixão/ Que arrebata/E aquece/O malandro do meu coração.

Frases feitas/Cama perfeita/Amor de arrebatação/Que fazer?/Não dá/Não dá não.

Tudo que me falas ao pé do ouvido/para os amantes é lugar comum.
Não adianta me dar o céu se eu estou sem chão.

Frases feitas/Cama perfeita/Amor de arrebatação/Que fazer?/Não dá/Não dá não.

Se eu me deixar morrer de amores

Em 22.09.07


Se eu me deixar morrer de amores
Os abutres que já estão à espreita
Irão banquetear-se de meu coração

Se eu me deixar morrer de amores
Serei dia após dia, dilacerada
Execrada, humilhada no sal

Se eu me deixar morrer de amores
Por dançar com a ilusão
Restarei eu sozinha no salão à meia luz
Em contido choro de solidão

Se eu me deixar morrer de amores
Ai que sabores
Da tua boca provar os mil licores
Enfrentarei eu a hora das dores
Sem mão amiga
Só tendo por inimiga
A inanição
Não posso não

Outro Dia Metade Cinza

Em 27.09.07

Hoje
Dor de cabeça
O corpo sente
O coração ausente
Só a mente que mente
Não dá para ser feliz assim

Dia de sol
Esperança sempre
Riso de criança
Dentro do quarto escuro

Talvez dê para continuar...

Mais um pouco
E tudo renova
Espero não ser posta à prova
Quero a arte de sempre saber recomeçar
Mas... não estás perto para me amar

Dá para acreditar?

Não dá
Não dá...

Devaneios poéticos

Em 27.09.07


A inspiração poética
Foi embora pela vala esquelética
Da esperança plantada
Em algum lugar oculto
Do meu coração
Droga de inanição
A não ação
A modorra em ação
Odeio ficar parada
Paralisada
Pálida
Estática
Não sirvo para estátua em praça livre
Aprisionada no concreto
Vendo o movimento dos passarinhos
E do passear dos transeuntes
Eu ali parada
Sem uma piscadela
E o mundo
Do alto de cílios gigantes
Piscando
Pulsando a uma velocidade gigante
Que quem me dera eu sequer
Um dia pudesse alcançar
Balão solto no ar
Na imensidão do planeta
Agora distante
Rumo a uma galáxia inebriante
Parou o barulho
Somente as luzes pulsantes
No grande cosmos
Deus está mais perto
Sinto sua respiração
Ele expira e o mundo gira
O que será dele quando a tudo de novo inspirar?

Vou para o supermercado


Em 27.09.07

É, o mundo real continua precisando de mim
Vou para o supermercado
Meu mundo mágico
De temperos
Cores
Sabores
Novidades
Tradições
Hábitos
Mas hoje...
Parece uma chata obrigação!

Para minha amiga


Em 27.09.07


Hoje pensei no significado da amizade
Cantada em prosa em verso
E quase sempre posta à prova

Amizade é sintonia
É se importar
Bem querer
Estar ao lado sem força
Simplesmente se dispor
Compartilhar

Obrigada por tudo
Fazes jus à palavra
E a minha por que não?
Amizade também

Amigas são queridas irmãzinhas
[que escolhemos depois de nascer

São pontinhos de luz
Que permanecem ao nosso lado
Sempre dispostas a nos iluminar

Amigas riem juntas
Choram também
Crescem com a gente
Ou se já somos grandinhas
Estimulam-nos a continuar a crescer

Puro Mel

Em 03.10.07


As pontas dos meus dedos
Fazem amor com tua libido

E meu corpo se perde
No rio dos teus prazeres

Minha boca na ânsia de ter
Treme
E tudo em mim geme
Je t´aime
(Já dizia o cantor)

Je suis ta femme
Et cet amour infame

Faz-me delirar
E desejar
Morrer em ti amar

Meus pés
Que a tudo assistem
De coadjuvantes
Passam a ser importantes
Atores da epopéia de nós dois

Retorcem-se
Contorcem-se
Esforçam-se

Para segurar
A energia que agora flui
Pelo corpo todo
Em espasmos
De puro êxtase

Minhas pernas
Nas tuas pernas

Meus braços
Desalinhados
Na cama
Desarrumada

Meus cabelos
Na tua boca
Nos teus ouvidos
Na tua alma

Minha vida
nas tuas mãos
Meu umbigo
O teu chão

Tua boca
O meu céu

Meu olhar
Puro mel

Clichê

Em 03.10.07


Um amor para ser grande
As vezes precisa ser bem clichê
daqueles de fazer festa
e nem se dar conta dos não convidados
a observar a felicidade
[dos reais interessados

Um amor bem clichê
é aquele de frases prontas

tua língua quente
no meu céu ardente
cheia de promessas
estrelas estourando
no colchão

mas se é clichê
e a nós é único
podem mudar os personagens
mas repete-se a estória

e eu simplória
finjo acreditar
no lugar comum
de sermos um

Vê?
É amor clichê

É tão bom se estar vivo

Em 03.10.07

Coincidência ou não
Eu mais uma vez
Te encontrei
Naquela sala

Eu te olhei
Você me olhou
E tudo fez sentido
Mais uma vez

Porque é tão difícil
Dizer um simples adeus
Quem dera Deus
Pudesse me iluminar

Mas não vou mais
Chorar

Amor assim
Mesmo não vivido
Tem sentido

É tão bom
Se estar vivo

A cidade lamenta

Em 03.10.07

Música para o meu ouvido
É escutar meu apelido
Vindo da boca tua

Ah! quanto tempo
Vai passar
Até você notar
Como é bom amar
[De verdade
A cidade contempla
Nosso amor e lamenta
Que ele não possa ficar
Permanecer
E não fenecer
Amor
Amor
Amor....
(Te amo pra valer)

O segredo

Em 04.10.07



Amor, vou te contar um segredo
Eu senti
[Borboletas no estômago

Nunca pensei fosse possível
Mas aconteceu
Hoje de manhã
Quando eu te vi

Tenho medo
Eu já sofri

Fui até o âmago
Do que se pode dizer impossível

Mas já anoiteceu
E amanhã
Eu vou de novo ser o... ti

Idéia Fixa

Em 10.10.07

Por estar tão fixada em ti
Não posso pensar mais
E assim sigo eu paralisada
No meio do tudo
E do nada
Teu...
Contigo...
Tua...
Ti....
Seu...
Sua....
De si...
Convosco...
Tu
Você
Eu? Ops, perdi o meu pronome.

O teu cálice


Em 10.10.07

Corpo fraco
Mente cansada
Mas não me esqueço
De minha devoção especial

Quero todo tempo
Ainda beber do teu cálice
Sorver da tua boca
O hálito quente

Deitar-me no teu leito
E em meio a sussurros e gemidos
Ser mais uma vez mulher

A busca é finda
A agonia não

Partida

Em 13.10.07

Penso nas coisas que me são caras
É difícil a despedida
Risos de criança
Música ainda por dançar
Sol quentinho de manhã
Brisa de mar
Amor da família
Pão com manteiga derretendo
Trabalhar e ver o resultado
Primeiros beijos
Vento no cabelo
Orgasmos
Toques
Amores
Gelo na boca
Cama macia
Pêlo de gato fofo
Livro interessante
Balão no céu
Nuvens branquinhas
Ondas de mar
Você a me amar
Mas uma hora
É a despedida
Digo Adeus
Fica a saudade

Punição

Em 13.10.07

Um sorriso em minha direção
Não é o teu sorriso
Um amor na alma que segue
No mundo real inexiste tamanha perfeição
Carne podre padece
Meu amor anoitece
Abandonado se esquece

Despedida

Sei vais estranhar
A atitude que vou tomar
Mas alguém tem que ser forte
Colocar um ponto final
Um norte
Nessa história animal
E fazer de tudo algo banal

Perdão pela despedida
Sem beijo final
Perdão pela despedida final

Quero ser má


De novo notícias tuas
Não quero mais escutar
Nada de ser evoluída
Quero te odiar
Preciso
Morram com suas notícias
Morra você
Para que ser boa
Se não se pode ser feliz?
Quero ser má
Que venham os maus sentimentos
Invadam-me
Façam festa
Preciso desesperadamente
Destruir essa boazinha sofredora
Se fria eu sou
Alguma chance eu tenho?
Como não sei ser assim
Vou iniciar a contagem
1,2,3
Mais uma decepção
Seguirei sozinha sem teu coração

Fraco e Desgraçado

Fraco. Desgraçado. Fraco. Desgraçado. Fraco. Desgraçado. Fraco. Desgraçado. Fraco. Desgraçado. Fraco. Desgraçado. Fraco. Desgraçado. Fraco!


Odeio-te.

Amo-te.


Fraca eu sou.

Desgraçada?

Minha querida amiga

Minha querida amiga, acabou
Tudo aquilo que sonhou
Junta os caquinhos dos sentimentos
E te prepara para um novo movimento

Minha querida amiga
És linda
Tens o direito de ser feliz
Sei que vai ser sim
Isso é um sim

Minha querida amiga
Diz para mim
Ainda não percebeu?
Não notou, anoiteceu
[quando descobri
[que não sabias
De quem tanto te gostava
Como eu gosto de ti

Paixão de Brisa


Passeio pela cidade na alva da manhã
Percorro ruas, mapas e caminhos
Vejo histórias
Ouço sons
Atravesso coisas e pessoas
Parei! Não quero mais soprar
[em outros lugares
Quero levantar a saia da linda menina
Brincar com seus anelados cabelos
Fazê-la sorrir
Para todo o sempre
Paixão tomou conta de mim
Para que existir se tenho que passar?

Do nada

Você surgiu do nada
Empurrado para mim
Ação rápida do destino
Para chamar minha atenção

Ainda não entendi
O que aquele beijo roubado quis dizer
Tudo que sei é que me impressionei

Agora penso
Se tão rápido como surgiu
Vai desaparecer

Agora penso
Se haverá outra vez
E o porquê

Agora espero
Tirar a prova dos nove
Conferir o que ainda não vi
Mudar a trajetória

Agora tenho que me acalmar
Isso tudo é demais para processar

A linha


Em 16.11.07


Você cruzou a linha
Não dá mais para voltar
Mas também não dá para continuar
[Do jeito que está
Se você vai se mexer
Mexa-se!
Se você vai acontecer
Aconteça!
Logo e para valer
O que não dá mais
É essa inanição
O que não dá mais
É tanta inibição
Sinto que estou aqui
A fazer um papel que não é meu
O trem já vai partir
É a última estação
Suba logo ou caia no chão

Indagação

Em 15.11.07


Meu pretinho
Se você sorrir
como sorri para mim
Para outro alguém
Esse alguém é feliz

Outro alguém?

Em 15.11.07

Triste estou
Lágrima que insiste
Em se precipitar salga
O rosto mal dormido
Pela falta do teu carinho
Onde você está?
Está a beijar outro alguém?

Fraquinha

Meu sublime amor
Hoje eu fiquei quieta
Fraquinha a pensar
Que desperdício nosso amor
Tantos sentimentos
Vontades e desejos
Tua boca no meu ombro
Leito
E mesmo que não seja
Sonhar já fez sentido
Só o que não faz é não te ter comigo

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Eu te perdi

Eu te perdi
Não pude fazer nada
Tive que te deixar partir
E fingir e sorrir magoada
Você preferiu seguir sem mim
Você não quis assim
E eu vou seguindo sozinha
Na estrada da vida
Só, só e só
Tudo que carrego na lembrança
É teu jeito criança a me amar
Tarde demais
Sinto vou chorar

Você pimentinha




Vem acorda para a escola
Você vai perder a hora
Vamos seu pimentinha
Vem comer a comidinha
Vamos escovar o dente
Vai, senão ele fica doente
Vem brincar contente
Vamos ver a gente
Vai se lavar
Vai logo pra se deitar
Vem já escureceu
Vai que o dia de amanhã de novo é seu.

Servidor


Uma pequena crônica para o servidor, em 26.10.07


Servidor...
Servidor é aquele que serve
Chega cedinho no seu trabalho
Às vezes nem tomou o café ou comeu
O pão mal dormido
Mas vai lá! Mais um dia se anuncia
Vai pegar a condução. Eita ônibus lotado!
Que bom daqueles que já têm o seu carro....
De todo modo que trânsito intenso!
Se o servidor pudesse com certeza gritaria
abaixo a burocracia dos carimbos!
Eu quero um Brasil efetivo!
O servidor é aquele que serve...
Vai passando as horas, os dias, semanas e anos...
E ele...serve!!!
Que bom que se todos pudessemos, então, reconhecer.
O servidor que é público está aqui
[na repartição prestando um serviço a todos nós
À coletividade ao Brasil! À possibilidade de um amanhã.

Amar é mais

Amar e gostar
Tem seus segredos
É não fazer o outro de brinquedo
Amar e gostar
É uma arte dos sentidos
Para poucos escolhidos

Amar é mais que passear
Pelas curvas do teu corpo
Amar é transcender o rosto

Amar é sentimento
Amar é mais que sofrimento
É puro contentamento

O teu caminho




O teu caminho
Faz sozinho
É assim que tem de ser
O teu caminho
Cruza com o meu caminho
Mas só você pode saber
O meu caminho é luz, poesia e amor
Mas para você desejo uma boa jornada
Vai! Começa logo a trilhar
Vem, eu vou te esperar
Faz o que tem que ser
Amor, acredita é pra valer
Nunca tive tanta certeza
Já vi o final
Amor de arrebatação
Mas para amar é preciso de dois
Então te digo
Faz o caminho
Doa o que doer
É o que tem que ser
Nesse caso não há ganho sem sofrimento
Então não pense que são palavras ao vento
Não são não
São promessas de vida
São promessas de sonhos
E para sonhar tem que se entregar