segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Da passagem do tempo quando se sofre


Em 31.07.07

Aquele que já perdeu
Um grande amor
Sabe bem o que vou
Te dizer

Como dói
Como dói
Ai, como dói
E como dói

Amar dói demais
Amar faz dodói na alma
Amar fere o coração
Machuca a canção
Faz doer a poesia

Mas, toda vez eis que ele se renova
E aquele coração calejado
De novo ama
Ama com a mesma intensidade
Porque é feito de passar o sangue
Até o final
Dos tempos

Do tempo que resta
Estar ao teu lado
É festa
Mesmo que o tempo
Esse vilão
Seja pouco
Para um coração
Que ama

Ama sem parar
Bombeia sangue
Bate coração
Passa o tempo
Que tempo
Que amor? Que já se esqueceu...

Amar
Para amar não há pressa
Para amar a beça
Basta sonhar

O tempo dos sonhos
É um tempo diferente
Não tem presente
Nem importa o passado

Vive só de futuro
Futuro imaginário
Anuário
do que sinto

O tempo quando se sofre
Não passa
Goteja dos olhos

Te amar
Prolonga o tempo
E a minha existência de miserável
Também passa a ser dolorida

Um comentário:

Com a alma livre disse...

Ah o amor!
Quanto amor que derrete das suas letras e escorre pelas palavras e amam o amor!
Encantador, apaixonante poema que leva o amor como tema!