domingo, 22 de novembro de 2009

Miseráveis sem amor

Miseráveis somos todos sem amor
A sinfonia toca lá fora
e aqui só podemos ouvir parte da melodia
Vivemos de uma incompletude angustiante
À espera de uma redenção tardia
Arrastamo-nos na marcha da vida
Ruminamos um futuro cada vez mais longíquo
Sobre as sobras da felicidade alheia
Recolhemos as pétalas dos finais das festas
À espera de que o irrealizável possa acontecer

terça-feira, 17 de novembro de 2009

tempus urgit

No meio da noite eu penso
Por que você anda tão atrasado?

O tempo inexorável segue a marcha
e deixa as marcas no meu mapa-corpo

Preciso que você venha logo
A porta está aberta

E quando enfim no horizonte surgir
a estrela que comanda o firmamento
a poesia de tormento e sofrimento
será somente só contentamento

E eu transcenderei
Em uma fina névoa branca
dissolvendo-me de felicidade

Sinto você tão perto agora
que quase posso sentir sua mão
no ombro meu, na cintura minha
no corpo que é teu
e que aguarda apenas a tua posse

Sim, amado e imortal amor
seremos finalmente um
e os céus estremecerão

Nada mais haverá de deter a felicidade
tempus urgit

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Em frente aos olhos meus

Quanta força no teu olhar
Quanta vontade a desfilar
Em frente aos olhos meus
Quanta vontade de ser teu

Quanta força no teu olhar
Quanta vontade de te beijar
Em frente aos olhos meus
Penso como pode não ser meu?

domingo, 15 de novembro de 2009

Noite enluarada

Na noite enluarada
Em que fadas farfalhavam ao sabor dos ventos
Em que pessoas riam e bebericavam
Em que o lugar aconchegava e animava
Em que o papo nunca acabava

Na noite enluarada
Em que nada pode ser tão sério
Em que sempre há uma aura de mistério
Em que tudo depois de meia noite é relativo
Em que o querer é superlativo

Eu conheci você