terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vou te amar

Vou te amar até não mais poder
Até não ser eu mais a senhora do tempo
Até que saiba eu que você tem outro alguém
Dentro do peito e que eu não caibo dentro

Vou te amar em segredo
No silêncio do meu quarto
Quando a tarde se despede
E anoitece em minha cama

Vou te amar tão perdidamente
Que perdida em meus pensamentos
Lembrarei eu apenas do sentimento
Que une meu coração ao teu

Vou te amar silenciosamente
E em espera ficarei
Até que você não mais me queira
E faça noiva outro alguém

No silêncio de minha vida

No silêncio de minha vida
Em que tenho casa e comida
Penso em controlar os acontecimentos
Mas me vejo sem saída
Todos diziam que eramos o casal perfeito
E eu por curiosidade comecei a te notar
Agora tenho certeza
Sigo eu a te amar

Você não sabe ainda
Nem sei se um dia direi
Pois segue sua vida preso ao passado
Quando um dia foi um poderoso rei
Mas eu compreendo e sigo quieta
À espera de algo que te faça ver
Que eu nasci e fui feita para por você viver

Serendipity

Toda vez que digo hoje é o fim
Alguma coisa acontece para mostrar para mim
Não é o fim, não é o fim

De que adianta eu gostar sozinha
Se ele nem quer me ligar
Isso é tortura
Isso é loucura
Vou parar de te amar

Toda vez que digo hoje é o fim
Alguma coisa acontece para mostrar para mim
Não é o fim, não é o fim

Serendipity
E lá está ele perto de mim
Para me mostrar
Não é o fim, não é o fim

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Intenções

Hoje me pergunto
Quais intenções
Eu tenho para com você
Se te quero como distração
Se te amo de montão
Ou é só satisfação

Toda vez que eu começo
A crer
É amor
É pra valer
Pode ser....

Acontece algo
Para me mostrar
Não é para mim
Não é pra ficar
É pra andar
É de outro alguém
Não é de ninguém

E cheia de desejos
E vontades
Eu vou seguindo minha vida
Se te encontro de novo não sei
Mas eu tenho que continuar
Cheia de intenções
(21.08.07)

Não te tenho agora

Minha poesia
Me abandonou
Em meio a tanta maresia
De mim enjoou

Como vou compor
Se não tenho meu amor
Como vou querer
Se só faço sofrer

Como vou existir
Se não estás aqui

Como vou saber
O teu amor
Que diz
Sentir

Como vou sofrer
A te querer
Poesia minha
Volta sem demora
Eu que te tinha
Não te tenho agora
(21.08.07)

Meu corpo

Meu corpo
Teu corpo no meu

Teu rosto
Meu rosto no seu

Tua pele
Minha pele no suor teu

Tua boca
Minha boca em ti viveu
(21.08.07)

Abstinência

A tua ausência
Dá abstinência
Dor no meu corpo
Insônia
Desalento
Estou a relento
A te esperar
Mas você não vai chegar

Quanta doçura
Tanta ternura
Tudo acabou
É o fel
Não é mais mel
Perdi meu céu

A tua ausência
Enlouquece
Desespera
Desestrutura
Eu aqui e a lua
A tua espera
Quanta carência
E inocência
Incoerência
Abstinência
(21.08.07)

Doença do Coração

Meu coração adoeceu
Meu corpo também
To como o capacho da porta
Todos chutam
Só sirvo para limpar a poeira
Que ninguém quer deixar entrar

To com dor de garganta
Ela está cheia de sentimentos
Represados
De que adianta tanto movimento
Se no final é só tormento.
(21.08.07)

Luxúria

Dou-te o mar
As estrelas
Dou-te o céu
E o infinito
Dou-te tudo de mais bonito

Dou-te o melhor de mim
Meu abraço ninho
O meu carinho

Dou-te a minha vontade
Dou-te até a vaidade
Luxúria
Não tens piedade
[De mim
(21.08.07)

Cruel sim

Se pudesse escolher
Escolheria você
Se pudesse te ter
Pararia de chover
No meu pobre coração
Seria sol todo tempo no meu chão
Mas não é assim
A vida não é assim
Cruel sim
Cruel sim
(21.08.07)

Suspiro

Eu sentadinha lá na minha praia
Vendo as ondas se formar
Só consigo me concentrar no teu olhar

O vento a passar
E eu só a pensar
Preciso parar

Mas não consigo
Se penso em ti suspiro

Sainha e blusinhas brancas
Marquinhas de sol tantas

No meu peito
Só tem sentido
Se for contigo
Te quero em meu leito
Inspiro
E mais uma vez suspiro
(21.08.07)

Tortura à moda antiga

Aquela música bem antiga
E eu a imaginar
Como vou te ganhar
Dança de salão
Confete e serpentina
Meu amor e emoção
No teu nobre coração
Que piegas
Penso
Não há entregas
É só usufruir
Mas depois se insisto
Destruir
Resisto

(21.08.07)

Sonhos ou tormentos?

Não se podem inventar sonhos
Eles são inspirações dos anjos
Temos que agradecer quando os temos
E não brincar de inventar tormentos


(05.06.08)

Moda antiga?

Tempos modernos
Por que continuo a sonhar à moda antiga?
(05.06.08)

Feitiço

Quero beijar tua boca
E assim quebrar o feitiço
De te amar feito uma louca
(05.06.08)

O que eu posso ter

Se eu não posso ter tudo
Que eu tenha ao menos um pouco
Se eu não posso te ter
Não tire de mim o sonho
Que me alimenta e me sustenta
Rumo ao amanhã

(05.06.08)

Mais um pouco

Por que tanta dor no meu corpo?
Para tornar mais dura a arte de viver?
Já me é tão difícil estar aqui e agora
Tenho que lutar todo dia para mais um pouco sorrir
(05.06.08)

Mais uma vez

Logo quando eu pegar aquele avião
Mais uma vez eu vou te ver
Sim eu vou te ver
Tudo que me resta
É te ver passar no teu próprio tempo
Confesso não sei mais se agüento
(05.06.08)

Lapso de tempo

Em um breve lapso de tempo
Eu te vi
E a noite brilhou dentro de mim
Como um sol
Mas ardeu tanto
Que queimou e doeu
Mas meu bem eu já cicatrizei
Eu sei ....eu sei

(05.06.08)

Eu aqui

Mais uma vez eu aqui
Tento me apropriar do tempo
Mas não me é possível
Sou humana
Tal tarefa pertence aos deuses
Peço a eles misericórdia
De me conceder um pouco mais
Do que um momento
Ao teu lado para te dar meu sentimento
(05.06.08)

Dor no peito

Que dor no peito
Está tão apertado
que nem eu caibo nele dentro

Mais um dia no planeta terra
Uma intrusa na seiva da árvore
Parasita dessa dimensão
Eu vou ... eu vou

Não sei para onde
Mas eu sei que eu vou

Ao quinto dos infernos
Aqui já estou

E o amor que em mim havia
Nada sobrou
Mas sei que se rimou
Eu vou ...eu vou

(05.06.08)

Pimenta




Uma vez me disseram que ciúme é bom para apimentar o amor. E agora? O que eu faço? Se a pimenta nos meus olhos arde demais? É o velho dito popular. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Eu queria um pouco de pimenta
Mas você exagerou e me deu malagueta
Agora beiro eu a sarjeta
Porque te vejo ao lado dessa ninfeta

Vai logo termina o serviço
Assume que eu já perdi o viço
Aos olhos teus

É verdade, estou ardida de ciúmes
As palavras doces dela
No meu sentir são amargas
Especialmente quando vejo
Que você gosta

Não tem mais saída para mim
No dia que descobri que te amo
Foi o mesmo dia que vi você encantado
Por outra mulher que não eu

Mais um triste fim para a poetisa das causas perdidas.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Senhor abre meu coração

Senhor,
Faz abrir meu coração
entrar a luz
recusar a escuridão
dar a mão a meu irmão
e viver em comunhão

Senhor obrigada

Senhor,
Obrigada por me permitir
[sentir a doce música em meu coração
Obrigada por saber, Deus, que estás aqui
Obrigada, meu Senhor Deus, pela lágrima
que percorre o meu rosto quando sinto
Sua presença ao lado meu.

Obrigada pela sinfonia da vida
que percorre meu sangue
e harmoniza meu coração
Obrigada Senhor pela oportunidade
[de sentir o calor do sol e da brisa matutina
Obrigada, Senhor, por tudo, tudo, tudo, tudo
[enfim até o fim.

(madrugada do dia 15.02.09)

Senhor,

Senhor,
Dai-me refúgio
Senhor,
Senhor,
Eu te procuro
Dá-me tua mão
em comunhão
Deixa-me ser
a Tua ovelha
apascenta meu coração
E não me deixar cair em tentação

II

Senhor que está no alto
ajuda-me a caminhar
mostra-me o que é certo a trilhar

III

Senhor,
Senhor,
realiza a Tua palavra em mim
e faz acontecer tua criação
até o dia da expiação
(Amém)

(madrugada do dia 15.02.09)

E eu aqui

A paixão veio forte
bati no poste
caiu em mim
em forma de poesia
acordei no meio da noite
banhada em maresia
a imaginar o beijo teu
o teu abraço
o nosso laço

E eu aqui na cama vermelha
com o abajur da cor vermelha
[também
sigo querendo
sonhos de menina
e ser o sonho de alguém
a noite já se vai
em marcha apressada
o dia já vem em disparada
eu aqui quedei-me apaixonada.

(madrugada do dia 15.02.09)

Adormecida

Ela estava adormecida
seguia encantada
mas esquecida
pela estrada da vida
Não achava mais saída
[do portão
de seu amigo coração
foi quando sobreveio
um tufão
e sem freio
despertou a paixão

II

Vou, vou bem quieta agora
tenho medo de acordar a ilusão
porém sigo com emoção
essa nova chance
que me deste
até que nada mais me reste
até de novo ao pó
até de novo só
até tudo consumido
e quem sabe esquecido

III

Mas tenho esperança
de que seja um novo amor
e como um riso de criança
me despertar de minha dor
de mãos dadas em minha andança

E que brote ao final
um delicado sentimento
deste encontro sem igual
amor de arrebatamento.


(madrugada do dia 15.02.09)

Tu existes

Poema de Maria Antonia que sonha com um ser amado que nunca chega.

A boca na tua boca
tirando a roupa
a mão na cintura
[em riste
tu me despiste
E eu me fiz mulher
nos braços teus
Lembranças de um dia
que jamais se esqueceu

Parte de mim

Hoje mal consegui dormir
O sono não chegava
Pois tudo o que eu pensava
Era em como eu te amava
Eu te amei
Em cada lugar que passei
Cada rosto que olhei
Cada passo que segui
Eu te vi
Estás aqui
És parte de mim.

(madrugada do dia 15.02.09)

Sonhando com a vida

Eu estava sonhando e uma voz no sonho me dizia: - Acorda para escrever esse poema. Eu dizia: - Quero dormir. Está tão bom... mas, no sonho, o poema era lindo de morrer. Segue uma parca tradução, um rascunho, um esboço do que eu declamava em sonho.

A vida é mais que um ato de ofício
A vida é um benefício
Mesmo que para alguns pareça um suplício
A vida é olhar de cima de um edifício
E fitar o horizonte
É beber da fonte
Cruzar o monte
Enfrentar o rinoceronte
A vida é doce
É mais que um “se fosse”
É uma possibilidade sim
Com potencial de acontecer
Mesmo que para alguns
Pareça um eterno anoitecer
A vida é passagem
Rápida do tempo
É o voo do calendário nas asas do vento
A vida é o instante de um momento
Mesmo que para alguns dor e sofrimento

É puro sentimento
Amor fraterno
Chama e coração eterno
A vida não é inverno.


A vida é imagem e momento
A vida é nascimento
A vida é breve contentamento
mesmo que para alguns seja falta de discernimento.
(madrugada do dia 15.02.09)

Paixão de uma nota só

Olha só lá vem a paixão
Ela vem e lava o chão
Paixão de uma nota só
Ai que dó
Da doce menina
Que passa o dia
A fitar o seu amor
Ele que vai ao longe
Apressado
Cuidar dos seus afazeres
Ignora que é um dos prazeres
Da doce menina



Tão só
Na paixão de uma nota só

Rima do abraço

Braço rima com abraço
E eu me desfaço
Em pedacinhos
Caquinhos
De um amor
Um grande amor

Quero o teu laço
A me dizer o que eu faço
Como posso dar esse passo
Quero uma chance
Para que alcance
O teu nobre coração
(13.02.09)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Isso é Brasil – Merenda escolar


As crianças com fome
Fazem fila pela comida
A comida terceirizada
Tem uma quantidade-estatística
Até fruta estragada é servida
Crianças de escola pública
Carne estragada
Comida mofada
Pães de menos para os alunos
As merendeiras não sabem o que fazer
Para alimentar as desnutridas crianças
[que só aquela refeição no dia vão fazer
Já que os lucros dos empresários
famintos, isso sim, por dinheiro
é que não podem redução sofrer

Silencioso ele segue

Silencioso ele segue tentando acertar o ritmo da vida. Esquece ele que enquanto isso a vida é que segue.

Torpedos

Seria tão bom
Se juntos pudéssemos ficar
Finalmente a poesia teria trégua
Para a ti eu poder me entregar

Mas não tem jeito não
Seguirei assassinando o português
Escrevendo torpedos
Machucando meu coração

Até que o tempo passe
Até que ele te leve de mim
Até o tempo do fim
(21.08.07)

Tragédia anunciada

Tragédia se anuncia
Das palavras ainda não escritas
Cheiro de sangue já posso sentir

Tormenta
Tempestade
Vendaval
Não consigo organizar meus pensamentos
Só penso em desfalecer nos braços teus
Pagarei eu o preço da inconseqüência
Serei eu amiga da demência
Andarei como moribunda nas estradas da vida
Enquanto a ti
Sorries de mim
Divertes-te com meu sofrimento
Sei, mas não posso evitar

(21.08.07)

Quem?

Quem é ela?
Ela é passado
Prisão
Escuridão
Vazio no coração
solidão

Quem sou eu?
Sou teu presente
Sou tua noite ausente
Sou teu corpo quente
Sou teu jogo
Sou tua vontade
Sou tua
De verdade

Quem é você?
Alguém que não sabe a diferença entre os pronomes


(21.08.07)

Venha me iluminar

Sereno anjo de luz
Estou a tua espera
Venha me iluminar
E levar-me de novo a trilhar

No momento tudo a nevar
Frio na espinha
Aperto na boca do estômago
(21.08.07)

Sem resistência

Dedos ligeiros
Roupa despida
Beleza esculpida
Sedução pura

Quero morrer nos braços teus
Sorver do teu sorriso
Delirar sem aviso

Rosto sereno
Beijos trôpegos
Quem a ti pode resistir?
É impossível
Pedem-me o impossível
(21.08.07)

A razão da minha espera

A solidão que bate à minha porta não me deixa esquecer o motivo da esperança insistir em residir em mim, a espera infinda de um sorriso dedicado teu.