Em 13.10.07
Medo de ser mal compreendida
Medo de ser mal amada
Medo de ser o próprio mal
Medo de ser o inferno
Medo de ser o não ser
Medo de ser sem ter
Medo de ser sentida
Medo de ser serpente
Medo de ser gente
Medo de ser garota
Medo de ser rôta
Medo de ser revés
Medo de ser medo
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Meu percurso
Em 13.10.07
Caio de olhos
Deixo-me rolar
Instalo-me na pele
Curto o breve momento
Salgada faço caminhos
Escorrego-me mais um pouco
Lágrima eu sou
Caio de olhos
Deixo-me rolar
Instalo-me na pele
Curto o breve momento
Salgada faço caminhos
Escorrego-me mais um pouco
Lágrima eu sou
Países em desenvolvimento
O que é a evolução

O que é a evolução .... risos. Eu tenho faz mil anos um edredon que tinha umas frases escritas em francês e eu comprei mais pelo aspecto estético, pois não entendia lhufas e hoje sou uma semi-analfabeta. O fato é que um dia um amigo meu me perguntou se eu conhecia Paul Verlaine e eu disse obviamente que não ou para não parecer tão burra lembro de ter dito qualquer coisa como eu li algo tem tempo, hehehehehe. Daí, passa o tempo, vejo um livro do tal para vender...compro....fica guardado na estante..... e tempos depois.....em outro livro.......tem uma citação do Paul Verlaine....que é justamente o que está escrito no meu edredom! Tenho que ler esse cara agora!!!! O mundo te encaminha para a evolução!!!! A minha é o Verlaine que vou passar a conhecer agora já que venho sendo empurrada para ele tem tempo.
Segue os dizeres mágicos da minha colcha em aspas:
"Voici des fruits, des fleurs, des feuilles et des branches
Et puis voici mon coeur qui ne bat que pour vous"
A íntegra do texto:
"Voici des fruits, des fleurs, des feuilles et des branches
Et puis voici mon coeur qui ne bat que pour vous.
Ne le déchirez pas avec vos deux mains blanches
Et qu´à vos yeux si beaux l´humble présent soit doux"
PAUL VERLAINE, Romances sans paroles.
Pois é o cara tem 911.000 inserções no google.
Mais uma pérola: Essa frase é manjadíssima e é a mais pura verdade. Agora, eu confesso, não sabia que era do Pascal:
O coração tem razões que a própria razão desconhece
"Le couer a ses raisons que la raison ne connaît point"
PASCAL, Pensées.
E para finalizar eu fico aqui com o Voltaire, justamente hoje que não estou me sentindo tão bela e despejei essa verborragia-literática-francesa me fazendo de sabichona:
"Femme sage est plus que femme belle", VOLTAIRE, Ce qui plaît aux dames.
Mulher esperta é mais que mulher bela.
Meu filho
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Benta indiferença
Vou esperar
Pacientemente
Eu vou esperar
O amor virar ódio
Anoitecer no meu coração
Uma hora o gosto passa
A felicidade nas pontas dos dedos
Vai embora sim
Ela tem que ir
E tudo se acalmará
Depois dos gritos
Depois da guerra
Das ofensas
Benta indiferença
Da passagem do tempo quando se sofre

Em 31.07.07
Aquele que já perdeu
Um grande amor
Sabe bem o que vou
Te dizer
Como dói
Como dói
Ai, como dói
E como dói
Amar dói demais
Amar faz dodói na alma
Amar fere o coração
Machuca a canção
Faz doer a poesia
Mas, toda vez eis que ele se renova
E aquele coração calejado
De novo ama
Ama com a mesma intensidade
Porque é feito de passar o sangue
Até o final
Dos tempos
Do tempo que resta
Estar ao teu lado
É festa
Mesmo que o tempo
Esse vilão
Seja pouco
Para um coração
Que ama
Ama sem parar
Bombeia sangue
Bate coração
Passa o tempo
Que tempo
Que amor? Que já se esqueceu...
Amar
Para amar não há pressa
Para amar a beça
Basta sonhar
O tempo dos sonhos
É um tempo diferente
Não tem presente
Nem importa o passado
Vive só de futuro
Futuro imaginário
Anuário
do que sinto
O tempo quando se sofre
Não passa
Goteja dos olhos
Te amar
Prolonga o tempo
E a minha existência de miserável
Também passa a ser dolorida
No jogo das palavras não ditas

Em 31.07.07
No jogo das palavras não ditas
Quem semeia desventura
Colhe furacão
No jogo das palavras não ditas
Achei que devia dizer
E disse
Mas não era a hora oportuna
Por quê?
Não saberei
Talvez o tamanho da mágoa que sentes
Que embaça tua vista
E enebria teu sentir
Talvez o fel que jorra dos teus lábios
O descárnio
O desprezo que emanas de ti
Talvez mesmo
Seja fruto do desequilíbrio
Que dizes eu tenho
Desequilibro-me todos os dias
Ao voltar meus pensamentos para ti
A te amar com sofreguidão
Antes mesmo de saber que era amor
Mas preferes
Me chamar de louca
A desequilibrada
Tudo bem
Sei que para ti que nunca viveu
É difícil crer em finais felizes
Sou desequilibrada
Vislumbrei uma bonita estória de amor
Onde no lugar só tinha
Duas almas, uma vazia
Que rápido se vislumbraram
Mas se perderam
Na estrada da amiga vida
Sou desequilibrada
Em 01.08.07
Sou desequilibrada
Sou desequilibrada
Porque chego a cogitar que seria
Sou desequilibrada
Porque amo meu filho
Amo minha vida
Nem tento de verdade emagrecer
Sou desequilibrada porque sinto o tempo passar
E tenho saudades
Saudades daqueles a quem quero bem
Sou desequilibrada
Porque de vez em quando me esqueço de pagar algumas contas
Ou porque trabalho demais
Será que é por que esqueço de que prometi não tomar mais refrigerante?
Sou desequilibrada
Porque não quero mais comer carne vermelha
E como. Um kibe para lembrar de meus ancestrais
Ou de minha gula
Sou desequilibrada
Porque agora me fixei
Em descobrir de onde veio sempre tanta emoção
Ou tanta razão
Sou desequilibrada
Sou
Eu sou
Sabe de uma coisa
Gosto
Eu gosto
Podia ficar doida, desequilibrada mesmo
Em gritar bem alto
Eu me amo Porra
É bom
Isso é algo difícil nos dias de hoje
Não vou deixar que ninguém estrague
Essa adorável sensação de ser desequilibradamente feliz
E dizer tudo que me passa pela cabeça
Expor minhas vísceras
E vê-las todas cheias de formiga
Somente para ser desequilibrada
Até na pobre da minha querida rima
Perdoem-me caros leitores o desequilíbrio da escritora
Quem é equilibrado não vive
Vegeta no meio do caos
Eu não. Estou em comunhão com o cosmos
Ou o caos não é sinônimo de desequilíbrio?
Ou até mesmo no caos há uma ordem
Explicação?
Quem precisa disso?
Para que ficar remexendo caquinhos
Tentando colar o imponderável
Desequilibradamente vou me dar o direito
De continuar a viver
Que bom!
Que venham todos os desequilíbrios
Que passem os ruins e que fiquem os bons.
CUIDADO ESTA É A PÁGINA DE UMA PESSOA DESEQUILIBRADA.
Sou desequilibrada
Sou desequilibrada
Porque chego a cogitar que seria
Sou desequilibrada
Porque amo meu filho
Amo minha vida
Nem tento de verdade emagrecer
Sou desequilibrada porque sinto o tempo passar
E tenho saudades
Saudades daqueles a quem quero bem
Sou desequilibrada
Porque de vez em quando me esqueço de pagar algumas contas
Ou porque trabalho demais
Será que é por que esqueço de que prometi não tomar mais refrigerante?
Sou desequilibrada
Porque não quero mais comer carne vermelha
E como. Um kibe para lembrar de meus ancestrais
Ou de minha gula
Sou desequilibrada
Porque agora me fixei
Em descobrir de onde veio sempre tanta emoção
Ou tanta razão
Sou desequilibrada
Sou
Eu sou
Sabe de uma coisa
Gosto
Eu gosto
Podia ficar doida, desequilibrada mesmo
Em gritar bem alto
Eu me amo Porra
É bom
Isso é algo difícil nos dias de hoje
Não vou deixar que ninguém estrague
Essa adorável sensação de ser desequilibradamente feliz
E dizer tudo que me passa pela cabeça
Expor minhas vísceras
E vê-las todas cheias de formiga
Somente para ser desequilibrada
Até na pobre da minha querida rima
Perdoem-me caros leitores o desequilíbrio da escritora
Quem é equilibrado não vive
Vegeta no meio do caos
Eu não. Estou em comunhão com o cosmos
Ou o caos não é sinônimo de desequilíbrio?
Ou até mesmo no caos há uma ordem
Explicação?
Quem precisa disso?
Para que ficar remexendo caquinhos
Tentando colar o imponderável
Desequilibradamente vou me dar o direito
De continuar a viver
Que bom!
Que venham todos os desequilíbrios
Que passem os ruins e que fiquem os bons.
CUIDADO ESTA É A PÁGINA DE UMA PESSOA DESEQUILIBRADA.
Escola de Loucos
Em 31.05.07
Fui para a escola
E me ensinaram que esse negócio de amar não está com nada.
A moda agora é ficar.
E disse que só aprendi assim na minha antiga escola
A escola de loucos
Amar não é coisa para muitos
É algo para poucos.
Fui para a escola
E me ensinaram que esse negócio de amar não está com nada.
A moda agora é ficar.
E disse que só aprendi assim na minha antiga escola
A escola de loucos
Amar não é coisa para muitos
É algo para poucos.
Pausa
Em 16/05/07
Pausa para refletir
Refletir a imagem no espelho
Refletir a passagem do tempo
Pausa
Para entender a não pausa
Para compreender a seqüência
Pausa para meditar
Pausa para pensar
em não pensar
Pausa necessária
Pausa ordinária
A vida não pausa
Pulsa
Pausa para refletir
Refletir a imagem no espelho
Refletir a passagem do tempo
Pausa
Para entender a não pausa
Para compreender a seqüência
Pausa para meditar
Pausa para pensar
em não pensar
Pausa necessária
Pausa ordinária
A vida não pausa
Pulsa
Meu amor me desculpa
Em 01.08.07
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Nossos olhinhos
Apertadinhos
Que carinho
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Aqueles dias
Em que estar juntos
Era alegria
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Tive a impressão
De que precisavas
Ouvir o meu boa-noite
Para dormir muito bem
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Nossos almoços
Nossas risadas
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Fui além da amizade
Atravessei a fronteira
Fiz inimizade
Perdi a estribeira
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
O sentimento
O cuidado
A saudade
O amor
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Inventei eu
Inventei...você
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Nossos olhinhos
Apertadinhos
Que carinho
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Aqueles dias
Em que estar juntos
Era alegria
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Tive a impressão
De que precisavas
Ouvir o meu boa-noite
Para dormir muito bem
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Nossos almoços
Nossas risadas
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Fui além da amizade
Atravessei a fronteira
Fiz inimizade
Perdi a estribeira
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
O sentimento
O cuidado
A saudade
O amor
Meu amor me desculpa
Se tudo eu inventei
Inventei eu
Inventei...você
Ferida aberta
A ferida arde
E junto com a dor da ferida aberta
Ela mastiga dor mais profunda
Arde vagabunda
No quinto dos infernos
Não há outro lugar para ti
E junto com a dor da ferida aberta
Ela mastiga dor mais profunda
Arde vagabunda
No quinto dos infernos
Não há outro lugar para ti
O depois
Ela estatelada no chão. Ele animal saciado. Ela, caída, ali, inerte. Ela disse: Vai. Ele foi. É sempre assim. Mas hoje, assustou. Estava tudo represado. Vontade. Culpa. Vontade. Culpa. Força. Não houve espaço para delicadeza. Não houve espaço para lençóis ou sussurros. Hoje foi o dia dos gritos. Gemidos. Gritava o corpo. Gritava a alma. A língua quente. A pressa. A parede. O chão. Tudo rápido. Depois de tudo findo as cenas insistiam em reprisar na tela mental. Será que algo havia sido esquecido? Algo não dito? O que faltava? O que falta? Amor próprio talvez. Não há depois. Martírio. A seqüência repete-se infinitamente à espera de um final feliz. Não há finais felizes para esse tipo de estória. Ele sabe. Ela sabia. Já não sabe mais. Já não está viva. Está em um pesadelo dela mesma. Uma versão mal acabada. Tanto para se dizer. Tanto para fazer. Hipótese não realizada. Ela disse vai e ele foi.
domingo, 28 de outubro de 2007
O samba ainda vive

O samba ainda vive
O samba ainda vive
Lá naquele grupo
Amigos em um calor
Tudo muito querido
Com a música no pé
Todas reunidas na fé
O barracão ferve
O samba ainda vive
Ele vai se realizando
E a todos contagiando
A harmonia sentida
Da boemia perdida
O samba ainda vive
Dois passinhos
E um gole na cerveja
Vai que a noite promete
O samba ainda vive
Ele vive lá no Gilson
Quem quiser pode ir lá
Conferir o que digo
O samba ainda vive
Violenta (´ ) ação

O corpo pulsante
Geme a vontade contida
O suor que insiste em correr
No meu corpo não consegue
Gelar meu desejo
O cheiro de sexo que se anuncia
É solitário
Quase pungente
Espera o outro sexo
O suor d´outro corpo
A cadência d´outra vontade
O corpo que insiste
Em percorrer trilhas já visitadas
Esquece que sozinho
Simplesmente não entende da arte
Que sozinho não arde
Mas solitário
Quase violento
Busca superar
O insuperável
Geme
Agora de dor
Fiz forte
De forma quase implacável
À espera de apagar as tuas marcas
Do meu corpo
Mas ele não se esquece
Cobra-me a conta
Que me é cara por hora
Estou condenada
A seguir errante
E em cada êxtase de libertação
Lembrar-me cada vez mais
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