Para Marcelo, um amigo que se foi
O corpo caído
Não mais sol
Não mais riso
Não mais comida
Não mais trabalho
Não mais conversa
Não mais movimento
Não mais sopro de vida
Os corpos caídos
Num a dor
Noutro alívio
Nos dois, a violência
Não é fácil acreditar
Não poder mais contigo contar
No que nos tornamos?
Nós, reféns de nós mesmos
Um corpo caído
Numa droga de sociedade falida
Num desejo de vingança privada
Nos afastamos de Deus
Não sabemos qual caminho tomar
Num a luz
Noutro a escuridão
Nenhum traz tua alegria de volta
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