segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Desejos de ano novo






O que eu desejo para o ano que vem?

Desejo vestes alvas
Tão brancas
Tão alvas
Que a pureza
Esteja estampada
Nos olhos de quem vê
Desejo paz
Tanta paz
Que um clarão se faça
E nos corações das pessoas
Haja simplesmente amor

domingo, 30 de dezembro de 2007

Passa-Passa

Em, 19.12.07


Passa o dia
Passa o tempo
Só não passa você
Dentro do meu peito
Saudade arde e machuca
Passa tudo, passo eu, passa você?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Agradecimentos

O ano de 2007 vai se despedindo quer a gente tenha se dado conta ou não e é hora dos agradecimentos.
Agradecer a Deus pelo dom da vida, à família (Gabi, Lauro, Esmeralda, Lauro Haber, Jessica) amigos reais (Chris, Samir, Kellen,Lorena, Brendinha, Kaká, Bibi, etc) e virtuais (Oliver, Osc@r, Erika Murari, Patrícia Gabriela de quem ganhei até estrela), ao muso inspirador, a tantas pessoas que vieram aqui e neste blog que ficava quietinho e secreto começaram a postar e a divulgar.
Em outubro lancei esse site na net na tentativa de não ser surpreendida por qualquer pane no computador que levasse meus escritos de repente. Eu sei, sei, tenho que ter por hábito fazer backup.
E também para telepaticamente enviar minhas poesias ao meu muso inspirador, em um terno monólogo quase mudo, já que até então o dito cujo não tinha idéia de seu poder, risos. Será que já tem? Ainda tem? Somente 2008 para dizer.
O fato é que o site foi descoberto e tenho recebido visitas sempre muito carinhosas, o que somente tenho que agradecer.

Meus especiais agradecimentos, também, àqueles que além de me lerem ainda linkaram o site em seus próprios blogs:

Blogdopedronelito
que foi quem primeiro me divulgou!


Luciane Fiuza de Mello

Ana Fernandes que me linkou em sua lista também pensam

Srta Desatino - Patrícia Gabriela


Heliarly que me colocou em primeiro lugar no seu topblogs

Ao poeta de rua que me linkou também em outro blog

Estrelando Sonetos

Renatinha que me listou nos blogs que lê.

Ao poeta morto!

Papaleguas.


Que venha 2008 e que ele tenha gosto de sonhos com beijos para todos!!!


P.s: O site está branco para comemorar o ano novooooooo.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Distorção do azulejo



Em, 15.01.92

Praia
correria
Nuvens na minha mente
Luz estroboscópica
Camisola de seda preta
Chuva
Sol
Lagoa
Peixes beliscando a água
Vento nos cabelos
Botas na lama
Guarda-chuva na cabeça
Paixão
Amor
Frescor do seu corpo
Suor
Brigas
Consagração
Rotina de amar o azulejo fazendo-o de portal da imaginação
O vapor começa a inundar o banheiro
Preciso lembrar que sou um bicho caseiro
Onde estará a minha tigela de leite?
Preciso dormir
Me conformar
Amo o azulejo como se fosse a vida lá fora
Amo o concreto como se ele pudesse me transportar a outra [dimensão
Sou um ser que convivo com a ilusão.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mensageira do Natal




Em 26.11.96

Vem
Vem, pequenina estrelinha
Vem
Vem iluminar minha noitinha
Vem trazer a alegria
do seu carinhoso cintilar
Vem
Vem pousar ao lado meu
E lembrar para mim
[do que sou eu
de amor e paz

Vem
Vem lembrar o que faz

Anunciar o natal
Que tarefa mais bela!

Mensageira de luz
De esperança e de amor

domingo, 23 de dezembro de 2007

Meu beijo



Perguntaram como era a delícia de provar um beijo meu
Respondi como era de se esperar
Um beijo é algo que se sente
No encontro de dois lábios ardentes
Cheios de desejo
Dominados pela vontade

Um beijo meu
É algo único
Não falo por vaidade
É a minha impressão digital

Depende também
Do estado de espírito?
Da conjunção de saturno?
Ora calmo
Ora veloz
Nunca insípido

O gosto do meu beijo
É a ternura rítmica
A sedução medida
estudada
e finalmente
descontrolada

É profusão de sensações
Ausência de chão
Esquecer do tempo
Desejar mais que o beijo
E nunca querer que ele acabe

É gosto de adolescência
Riso de criança
E sedução de mulher
É forma e conteúdo
Meu beijo é
Desejo e saudade
É sabor e vontade

sábado, 22 de dezembro de 2007

Amor errante

Em, 19.12.07




Amor errante
Alma sibilante

Quer sussurrar
A te encontrar

E o coração da gente?

Em, 19.2.07

Nas frivolidades
Que vejo no jornal
Nas estórias das revistas
Nos filmes
Nas fotos
Nas artes
Na cultura
O amor sempre está presente
Mas parece
Só não está no coração da gente

Quero ainda

Em, 19.12.07

Quero ainda a boca tua
Na ânsia de apagar
As palavras duras
Que insistes a me falar

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Não tem capital


Em, 19.12.07

Na lógica perversa
A do capital tergiversa
No seio do pobre homem
Que labuta onde muitos não dormem
[porque poucos comem

Não tem peixe
Não tem água boa
Não tem riso
Não tem comida
Não tem roçado
Não tem céu limpo
Não tem paisagem
Não tem rio
Não tem futuro
Para o Brasil!?

Noiva Solitária


Em, 05.12.07


Noiva solitária
Com seu vestido roto
Amarfanhado
Noiva que espera triste
O cantor, o poeta
O reviver de todos os sonhos
O baile final
Dar-te-ei minha mão
E meu juízo
Para contigo bailar
Vou esperar até o final do tempo
E em um só momento
Meu sonho realizar

Pedro

Em, 05.12.07

Parece tempestade, mas é vendaval
Es uma pessoa mais que normal
De cara vejo, és fenomenal
Rir-se das mazelas é bom
Obliterar o ruim também

Nunca esquecerei
Es especialmente culto
Legal como nos acolheste
Inteligente, sensível, boêmio
Todas as qualidades
Ora, és Pedro, Pedra, Perfeito.

Sapão


Em, 10.12.07

Vem logo sapão
Coaxar no meu charco
Mostrar a tua face
Dar-me a mão
Sou uma pobre rãzinha
Desabonada
Solitária
Moradora dessa imensidão

Erros

Em, 10.12.07


Cometer erros sem perceber
Que coisa triste
Mas mais triste é quem os comete
E sabe o que está a fazer

No meu caso
Culpada eu sou

Não de ter errado
Mas de ter pedido perdão
Sem a mesma veemência
Necessária para a situação

Da cabeça?

Em,10.12.07

Tirar-te da cabeça
É tarefa muito árdua
Mas mais árduo ainda
é tirar-te do coração

Quarto escuro


Em, 10.12.07

No meu quarto escuro
Divago
Onde está o meu ser amado?

Nesse dia

Em 01.09.07

Se um dia eu não te ter
A poesia hei de perder
Na estrada escura da vida
Solidão


Se esse dia
Esse dia me chegar
Todo ar vai me faltar

Eu vou me deixar morrer
Não quero mais viver

Quem já me perdeu

Estou no piloto automático
Vida sem rumo
Não leva eu
Não quero mais chorar
Por quem já me perdeu

Não tem

Não tem amor
Não tem carinho
Não tem esperança
Não tem inspiração
Não tem coração

Desgostosa

Ando desgostosa
Na trilha tortuosa
Que minha vida
Teima em seguir
E sem me iludir
Sigo amargosa
De tanta lida

Descontentamento?

Em, 01.09.07

Se sou leve, linda e solteira
Por que me perder nas trevas de mim mesma?

Somos abençoadas e cada vez que choramos
Renegamos o céu que nos foi dado
Somente para ver a beleza de nosso sorriso passar
Para que amor insistir em tanto sofrimento?

Descontentamento

Qual a medida?

Em, 01.09.07

Qual a medida do bom poeta?
Reconhecimento dirão uns
Sofrimento dirão outros

Sintaxe, concordância
Capacidade literária

Qual a medida do bom poeta?
Ser capaz de emocionar direi eu

Rota do Inferno


Em, 01.09.07

Enxaqueca da ressaca do ontem
E eu aqui tecendo mil planos maquiavélicos
De banir você e aquele vinho que bebi
Para te esquecer, ao inferno

Aliás, já estou aqui
Matando o tempo
De minha morte já consumada
Faz tempos

Morri quando te vi
Após tempos de cegueira

Hades receba-me
Não há mais nada a fazer
No mundo dos vivos
Aqui terei eu tranqüilidade
Lá, somente desespero, dor e saudade.

Verificação

Em, 05.12.07

Perdeste-me amor
Ganhou-me o mundo

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Carta do nordeste a pai noel




Pai noel
No nordeste de fel
Sopra teu vento gelado

E no calor dos trópicos
Faz nevar por um dia
Para a alegria da molecada

Não esquece de noutro dia
Trazer o sol
[Para aquecer a roupa do varal
E para os moleques soltarem pipa
Em pleno natal

Ah! E deixa um pouco de água do gelo
Para a bica do quintal!

Em nome da poesia

Em, 01.09.07


Em nome da poesia
Eu te vejo mais uma vez

Em nome da poesia
Meu amor é maresia

Em nome da poesia
Eu sinto...vou chorar


Em nome da poesia
Não sei se vou gostar

Em nome da poesia
Eu vou fingir...ignorar



Em nome da poesia
Eu sei....eu vou cantar


Em nome da poesia
Eu vou te olhar


Em nome da poesia
Quem sabe vou me acabar

Em nome da poesia
Em nome da poesia......

Em nome da poesia

Continuar

Em, 01.09.07

Nós que amamos a liberdade
Não ficamos presos
Onde não queremos

Temos que voar
Continuar....


Se estou aqui
É porque te espero
E tanto te quero...

Mas as horas passam
E o tormento aumenta
Sinto que não vais chegar

Mas,


Temos que voar
Continuar....

Nem que seja
Para outro lugar

La-ra-ri-la-la

Momento atual

Em, 30.08.07

(Para minha prima Vyvi)

Nesse momento em que me encontro
Em que eu só tenho nãos
Agora sei
Bato nas portas erradas

Um alçapão para fugir
Do cheiro dele que ficou em mim

Quando mexo em qualquer gaveta
Ainda sinto o cheiro dele

Como ser prática
E conseguir disfarçar?


Na tua presença
Não consigo falar
Ou ficar séria
Nada

O que adianta
Se amar
Se não se pode tocar

Pior seria
Eu sei
Amar sozinho
Sem a esperança do colo

Ainda que nada seja feito
Pelo menos já sabemos
A fórmula todos nós temos

Falta a execução
Fuzilamento de mim mesma?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Português mal falado


Em, 01.09.07

Hoje parei para pensar
No que ainda não é

Não tenho fotos tuas
Na estante da minha casa

Não há meias nas gavetas
Nem sapatos no corredor

Nada tem cheiro de amor


Eu querendo tanto
Um algo mais

Mas o que é mais que temos
Se já temos tudo o que queremos?

Eu querendo tanto
Um algo mais

Mas o que é mais se já temos
Todos nós já “semos”
Tudo que “precisemos”

E sigo assim
Sem eira nem beira
Assassinando o português

Na esperança fria
De te trazer para mim
e as tuas meias
nas minhas gavetas

Erra a língua

Em, 01.09.07

Erra a língua
Padece o corpo...
Encontra a boca tua
Perde-se em mil amores

Erra a língua
Que lascívia
Ama o corpo teu

Mas de que adianta
Este amor errante
Não sou mulher de escuridão
Deixa-me à míngua

sábado, 15 de dezembro de 2007

Doença


Prezado D.,
Espero que a sua doença não tenha lhe deixado com problemas visuais que lhe impossibilitem de ler o referido mail. Estou preocupada, vez que certamente o mal que lhe acomenteu o impossibilitou de fazer chamadas ao telefone para acalmar àqueles que se preocupam com seu estado de saúde. Lamento lhe informar que sua ausência fez com que perdesse os docinhos e bolo de chocolate com brigadeiros com que fui presenteada pela passagem do meu aniversário, perdeu também a ótima oportunidade de manter uma amizade que certamente seria recheada de muito humor (droga de novo eu pensando em comida agora que estou de dieta). Por outro lado, não consigo parar de pensar na oração que fiz exatamente no dia de seu último contato terrestre. SENHOR se for mais uma bronca, me livre por favor.
Saudações de coração sem ressentimentos, mas com um leve puxão de orelha.
Sua, L.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Imagem e Ação

Em, 29.08.07

Palavras são para a imaginação
Ações são para a realidade
Imaginar já sei bem
Agir é que são elas!

Mereço mais

Em, 01.09.07

Mais do que
[um olhar de apreço

Mereço mais...
Um começo

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A música que dedicaste


Em, 29.08.07

Linda a música que dedicaste
Ao nosso amor errante
Paradoxal é tanto sentimento represado
Assim apertado

Você nasceu mesmo pra mim
Mas vou continuar a fechar os ouvidos
E fugir em uma disparada sem destino
Somente por tentar...desatino

Mas não desesperes amor
Um dia hei de te dar mil amores
[De todas as cores
Nesse dia será noite estrelada
No céu de nosso destino

Mesmo que esse dia não exista
Preciso acreditar
Para continuar a escapar

Pois se tivesse a certeza que viver
É não ter o beijo teu por toda a vida

A morte certa ao fim de tudo
Operar-se-ía automática em um segundo

Preferiria morrer desde logo
Que perder a chance de morrer aos poucos
Um dia nos braços teus

Banho-maria

Em, 29.08.07

Trôpega de tanto desejo
Sigo pausada para o mundo
Gestos contidos
Porém em ebulição interna
Quanto mais calma pareço
Mais estou a prestes a explodir

E desta explosão ensandecida
Não autorizada
Não permitida
Que não se acabe uma vida

Que do amor não nasça dor
Que de teu riso não haja tristeza
E eu de mulher amada
Passe a ser o obstáculo
A pedra de teu sapato

Milagre das horas

Em, 29.08.07

No teu peito abrigo
Poucos segundos de olhares
Poucos minutos de toques
Poucas horas de contato
Transformam-se em dias de sofreguidão

Homens putos

Em, 01.09.07

Maridos, namorados cultos
Amantes putos

Amantes não podem ser cultos
Amantes devem ser putos

Se cultos amantes são
Será de nós traição

Amantes putos e cultos?
Perdição

Provérbio da poesia

Em, 01.09.07


Já diz o provérbio
Feliz no jogo
Infeliz no amor
E eu te digo
Infeliz no amor
Feliz na poesia
Quem diria?
Quem diria...

Na matrix


Em, 01.09.07


Na matrix da poesia
Vi cair mil letrinhas
Ao invés de letras verdes
Em telas de computador
As letrinhas caiam em forma de flor
Viravam passarinhos e cotovias
Corriam, faziam festinha
Transformavam-se em vento
Espalhavam-se por tudo
Sol, terra, mar, firmamento

Meia volta

Em, 01.09.07

Ontem você me viu e deu meia volta

Esperava mais...
Queria mais...

Já não importo mais
Já não me importo mais

Já não quero mais...
Já não te quero mais....

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Bolinhos de arroz



Fui surpreendida por uma criancinha linda olhando para mim em tom de súplica. Você faz bolinhos de arroz? ele pede. E eu ultra-modernosa corri para a internet à procura de uma receita dos tais bolinhos. Após, uma rápida consulta de alguns segundos no oráculo cibernético dos tempos modernos, google, no meu lindo notebook de última geração na mesa da cozinha, eis que aparece a receita; e lá vou eu tentar seguir o passo-a-passo. Hmmmmm....já que você quer comê-los venha ajudar-me a fazer. E, daí, tudo virou uma alegre confusão. Trigo na testa do moleque....tigelas e talheres melequentos. E o liquidificador...nojento, risos. Sim, porque até hoje não me tornei íntima do processador. Adoro forçar o motor do liquidificador. Fico orgulhosa. Ele é tão resistente! Sempre me acompanha nessas experiências encantadoras e malucas. E a cada bolinho que eu fritava, lembrava da minha infância. Mamãe fazendo pilhas de bolinhos de arroz que ainda fumegavam e já iam todos direto para a boca da molecada. Eu me senti poderosíssima fazendo os bolinhos. Se podem fazer bomba seguindo manual na internet, os meus bolinhos já eram o sucesso. E não é que foram mesmo? Deliciosos. Bolinhos de arroz. Gosto de infância.

Olha amor

Em, 01.09.07

Olha amor,
Todo verbo precisa de um complemento
Todo amor que guarda um tormento
Deve se alimentar de sentimento

Olha amor,
Trate bem quem lhe gosta
Pois um dia sem resposta
Este alguém pode lhe faltar

Olha amor,
É preciso respeito
Por todos os momentos
Por mim e por você

Olha amor,
eu não me desespero
porque sei o que quero

Olha amor,
Para existir o nós
É preciso de dois

Monotonia


Em, 01.09.07

Na roda da poesia
Cansei de girar...
Monotonia

The end



Em, 01.09.07

I know that´s the end
After all that we´ve been done
There´s nothing more
Nothing else to do

This is the end
Yes, my friend

After all
After all

I´m so sad
It´s really bad

But you know
You must know
It´ll be another
Sunny day
Maybe today

Muso aspirador




Muso

Se na poesia
Toda poetisa
Precisa
De um “muso” inspirador
Eu que não te uso
De tanto que respiro
Somente a ti aspiro
Termino no incinerador

Dias...dias....dias

Em, 02.09.07


Dias fazem
e eu ainda sinto
teu gosto
[na minha boca

Dias passaram
e eu ainda anseio
[por teus carinhos

Dias....dias.....dias....
...e não te esqueço

Se continuar assim...

Dias...dias....dias
...enlouqueço

Tempos atrás


Em, 03.09.07



Saudades de um tempo que já se foi
Um tempo de risos inocentes
De esperanças ternas
De vontades realizadas
Um tempo de carrões
Brilhantina
E amores arrebatadores
Em vestidos brancos
Com bolinhas pretas
Laços no cabelo
Chiclete de mascar
Saudades do teu olhar
Da tua mão a me tocar
Sem pressa
Em uma tarde-noite encantada
De amores sem fim

Sonho




Em 08.09.07


Foi muito rápido. Não vieste como das outras vezes em que somente me olhavas ou caías acidentalmente em cima de mim, ou ainda trocava juras de amor em sonhos. Vieste de forma rápida e viril. Possuíste meu corpo e a mim em cenas oníricas de puro êxtase. Sonho?

Carreiras de dentes


Em, 08.09.07

Era uma cena dantesca. Os dentes um a um amolecendo na boca e eu ali sentindo que os perderia todos. Comecei a cuspi-los como chicletes já gastos da boca. Enchi uma das mãos com eles. Logo em seguida, antes mesmo da reflexão da primeira cena, eis que já surgiam rápidos, ferozes, diria mesmo vorazes uma fileira de dentes novos que já chegavam grandes na boca de dentro de mim mesma. Espantei-me. Jamais tinha presenciado semelhante cousa. Após, a primeira fileira, esta cedeu espaço a uma segunda carreira de dentes já grandes e fortes. Mistério. Enigma por hora indecifrável.

Reencontro Virtual


Em, 08.09.07

Ontem na tela do computador reencontrei-me com o antigo ser amado. Estava lá ele, rosto cheio de promessas. Tudo no lugar. Boca sensual, cabelinho bem negro, contrastando com o tom da pele do corpo. Lindo. Perfeito. Pude divisar nossa foto no porta-retrato que ainda permanecia no mesmo lugar. Foto linda, momentos perfeitos. Puro encantamento nossa troca de olhares. Pensei surpreendida - a atração ainda existe. O que fazer dela? Lágrima no cantinho dos olhos de ambos exige cautela. Nem só de momentos fugazes vivem as pessoas. Se não há continuidade para que insistência? Pura teimosia.

Início de dieta


Em, 08.09.07

Vamos iniciar uma dieta. Ida à médica. E para celebrar que tudo deu certo, o começo de uma nova etapa, nada mais do que justo do que se despedir de nossa tão querida doceria.