
Em, 01.09.07
Hoje parei para pensar
No que ainda não é
Não tenho fotos tuas
Na estante da minha casa
Não há meias nas gavetas
Nem sapatos no corredor
Nada tem cheiro de amor
Eu querendo tanto
Um algo mais
Mas o que é mais que temos
Se já temos tudo o que queremos?
Eu querendo tanto
Um algo mais
Mas o que é mais se já temos
Todos nós já “semos”
Tudo que “precisemos”
E sigo assim
Sem eira nem beira
Assassinando o português
Na esperança fria
De te trazer para mim
e as tuas meias
nas minhas gavetas
3 comentários:
É única forma de se cometer um crime e não ser preso...Todos os dias eu cometo esse crime contra a língua portuguesa. Parabéns pelo poema.
perfeito!
Abraços.
Nosso idioma é dificílimo!!!!!
Ora, Poetinha, você jamais estará em débito comigo, muito ao contrário. Pelo menos no meu coração, o seu crédito é ENORME!
Gostei da poesia, e não li nada que pudesse ser enquadrado como um crime contra a gramática. Por sinal, até gostei daquelas letras coloridas lá no alto.
Um beijo, e tenha uma ótima semana!
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