sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Devaneios poéticos

Em 27.09.07


A inspiração poética
Foi embora pela vala esquelética
Da esperança plantada
Em algum lugar oculto
Do meu coração
Droga de inanição
A não ação
A modorra em ação
Odeio ficar parada
Paralisada
Pálida
Estática
Não sirvo para estátua em praça livre
Aprisionada no concreto
Vendo o movimento dos passarinhos
E do passear dos transeuntes
Eu ali parada
Sem uma piscadela
E o mundo
Do alto de cílios gigantes
Piscando
Pulsando a uma velocidade gigante
Que quem me dera eu sequer
Um dia pudesse alcançar
Balão solto no ar
Na imensidão do planeta
Agora distante
Rumo a uma galáxia inebriante
Parou o barulho
Somente as luzes pulsantes
No grande cosmos
Deus está mais perto
Sinto sua respiração
Ele expira e o mundo gira
O que será dele quando a tudo de novo inspirar?

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