sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Encantada dança

Poema de Pedro Dias a quem dedico este espaço para divulgação de sua arte.


A boca semi-aberta
O escape de um sussurro
Dedos roçam os lábios ansiosos
E em frêmitos o corpo treme
O antes riso agora geme
E logo o gozo em jorros freme
Mas a tortura pelo prazer
Estende-se em ritual infindo
Para os amantes o tempo
Mede-se pelo compasso
De seus corpos quentes
Ritmados pela dança do amor
Ela que cavalga o amado
Entrega-se em doação total
E em requebros faz a cópula
Como a dança de dois cisnes
Fundem-se em sensações
Os corpos dissolvem-se
Em lento torpor
Em busca do êxtase
A energia os enlaça
A fricção de seus rostos
O roçar dos seios
Tudo denuncia
o cheiro inundante no ar
Cabelos espalhados ao léu
E o gozo que se anuncia
Traz o desejado alívio
Beijos na boca de vitória
Encerram a encantada dança da orgia

Nenhum comentário: