quarta-feira, 10 de março de 2010

Balada dos enamorados

Em fuga para a boca
O coração dispara feito louco
Em uma verborragia ensandecida
Procura-se do pouco se ouvir o rouco

Na balada dos enamorados
Todos os gestos contam
Os não gestos também

O suor frio que insiste em percorrer
[o corpo
Esse mesmo corpo que se transforma
Em uma fábrica de desejo

Esse desejo que incendeia a alma
A alma que só é plena ao lado do ser amado

Na balada dos enamorados
O tempo passa diferente
Passa no compasso
Da língua na boca
Na ânsia de trocar de espaço

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